quinta-feira, 9 de outubro de 2008
*** Não duvide do que sou capaz ...
Pra quem duvidar, eu ainda e sempre serei capaz! não importa a idade que eu tenha...
ELIANE FOLCHINI - 40500 - FISIOTERAPIA
PROCESSO SELETIVO 2008/1 - SUL
CANOAS - GRADUAÇÃO
ou como conhecem a Lia
hehe!!!
>> O tempo é o pai de muitas virtudes. Decepções e perdas sempre vão nos atingir, mas, com o tempo, a tristeza passa e a vida nos leva por novos caminhos. É só andar sem pressa. As respostas às suas perguntas, as soluções de seus problemas vão chegar na hora exata e mais oportuna. Quando achamos que não há saída e que tudo está fora de controle, basta dar um tempo, que tudo se ajeita. Sábio conselheiro, cicatriza as feridas e acalma as paixões indevidas, nos permitindo amadurecer por meio da reflexão. À medida que ele passa, vemos o mundo com mais clareza, percebendo que as respostas que tanto procuramos estão sempre diante de nós. O tempo é, enfim, um grande mestre que conforta, acalma e ensina. É um santo remédio, capaz de nos refazer e nos encher de esperança. O tempo também nos dá a confiança e a certeza de que toda dor, por maior que seja, logo pode se tornar mera lembrança. Não porque ele a fará diminuir ou passar, mas porque nos permitirá aceitar e entender a própria dor como símbolo de aprendizado. Pense no tempo sempre como mensageiro de boas novas, porque não há momento ruim que dure para sempre.
>> Os tempos mudam. Mas, não é só o tempo. Muda o tempo, as ações, as maneiras, os estilos, as revoltas e os gestos. Quando se sentia só - no seu tempo -, pegava seu walkman amarelo, última geração, rádio AM e FM. Trancava-se no quarto, sentada na cama de frente para a porta que escondia os diversos pôsteres de artistas tirados das revistas compradas em bancas. Ao seu lado uma pilha de fitas cassete, seu grande tesouro. Todos os sucessos do momento encontravam-se ali: Madona e Legião Urbana dividiam o mesmo espaço. Sim era uma pessoa eclética, uma pessoa da moda, uma jovem do seu tempo diriam outros. Quando se sente só – no seu tempo – pega seu i-pod, novinho, recém lançado (mas, já ouviu dizer que existe um melhor), vai para o quarto, ouve suas músicas, seleciona mais algumas no seu computador e passa para o seu i-pod. Na seleção tem de tudo, consegue até os últimos sucessos que nem foram lançados em CD ainda. Sites da internet, Emule, Kazaa... Nos tempos livres gostava de andar de patins. O primeiro era um mais simples, amarelo-limão (Será que o amarelo era moda? E será que existe amarelo-limão?), tinha 4 rodinhas, duas na frente, duas atrás, em cima uma tira com cadarços que serviam para amarrar com força e garantir a segurança. Nos tempos livres ela não anda com o patinete que ganhou de presente de sua mãe, ela prefere ir à academia, cuidar do corpo, afinal exagerou, comeu um chocolate de sobremesa. Ou então, escolhe um DVD para assistir um filme que ainda não viu. Quando está sozinha com seus pensamentos ela pensa nele. Pega sua “caixinha”, retira as cartas, os bilhetes trocados em aula e as fotos dos dois. Ela sonha com um futuro ao seu lado, pensa no nome dos filhos, imagina a sua casa em frente ao mar. O carro tem que ser igual ao que ela viu no filme do John Travolta. Quando está sozinha com seus pensamentos ela pensa nele. Abre os arquivos do computador, que estão escondidos dentro de pastas, sobre pastas. Lá encontra as conversas no MSN, os recados no orkut, as mais diversas fotos. Também sonha com o futuro dos dois, a lua-de-mel no exterior, a viagem de avião, e ainda escolhe o nome dos filhos. Com seus sentimentos, ela chora, ela ri, ela sonha, ela imagina. Com seus sentimentos, ela chora, ela ri, ela sonha, ela imagina. Com o tempo elas crescem, amadurecem e esquecem se da infância, da adolescência, da inocência. Os tempos mudam, mas não é só o tempo. Nós mudamos ainda mais.
>>> Quando o momento chega, a ansiedade toma conta. As mãos suadas, deslizam. Os olhos se perdem, e as pernas tremem. Você e ela. Primeiro a timidez, depois os pensamentos, em seguida a iniciativa. Depois? Depois tudo é instinto. As curvas se transformam. Tomam forma. Os medos, as expectativas, o esperar, enfim chega. Você fantasia, sonha, imagina, idealiza. A realidade se confunde. Tudo é novo, tudo é diferente. Bonito, talvez. Interessante, quem sabe. E no primeiro contato, o frio que atravessa o corpo. À meia-luz, aos poucos tudo se revela. As mesmas mãos suadas, agora percorrem um espaço desconhecido, formando um mundo novo. As formas vão aos poucos se revelando. O branco envolvente, o corpo nu, os traços salientes. Nas entrelinhas você descobre o que jamais imaginaria e no contexto a surpresa se esmigalha. De repente uma curva, um traço, uma semelhança, sinônimos. Em seguida, alegria, euforia, cansaço, sensação de dever cumprido, nervosismo, calmaria, tudo junto, tudo único, tudo inteiro, tudo o mesmo, tudo um só. Tudo e nada. Pronto! E tudo acaba. Agora você já não sabe quem é, você não sabe os por quês, você nem se pergunta, muito menos responde. Você e ela, só vocês, nada mais. Papel e caneta na mão, um mundo inteiro pra desvendar, mil idéias na cabeça, mil sonhos no olhar. Um mundo novo, um texto, uma crônica, um conto. E enfim, os primeiros rabiscos, o primeiro do último ponto. O ponto final! E aqui começa a coluna - não a vertebral –, “Coluna ” espaço para desabafos, para sentimentos, idéias e por que não aborrecimentos? Passada a euforia, agora só a lembrança da primeira vez!!!
>> Voltando para minha casa após mais um dia de trabalho, eu comecei a escutar um cd do Rappa que estava escondido no meu carro e, ouvindo uma das músicas- a “mar de gente”- eu escutei uma frase que me fez refletir. Naquele momento eu tive a sensação de ter ouvido algo escrito para mim. Com a voz do Falcão o que eu escutei foi: “Navegar é preciso senão a rotina te cansa”. Essas palavras ficaram circulando na minha mente que, por um momento, ficou inquieta, motivo este que me fez escrever este depoimento. Em nosso cotidiano nós desenvolvemos certas rotinas que nos aprisionam, fazendo-nos sentir como se estivéssemos arrastando uma grande e pesada bola de ferro. Temos então a sensação de estarmos vivendo, dia após dia, a mesma cena de um filme que deveríamos estar dirigindo como um grande diretor , e não apenas assistindo como meros expectadores . De repente, com tanta rotina, com tanta prisão, nossas vidas não vão sendo mais vistas como cenas, e sim como fotografias dentro de um álbum amarelo e cheio de poeira, jogado em um canto qualquer de nossas vidas.Ficar preso em uma rotina é como pensar que todas os dias da semana serão iguais ; é imaginar que tudo vai estar devidamente programado antes de ser executado; é pensar que a vida será um grande conjunto de fatos previsíveis; é acreditar que os nossos dias serão um simples transcorrer de acontecimentos num fundo preto e branco. Rotinas são necessárias. Nós precisamos ter hora para dormir, para acordar, para trabalhar e para fazer as diversas outras atividades que executamos durante a nossa semana. Sem as rotinas os nossos dias iam ser caóticos, íamos dormir sem fazer nenhuma idéia do que iríamos fazer no dia seguinte e íamos viver constantemente com sentimentos de surpresa, aflição e medo com relação ao nosso amanhã. O tempo passa da mesma forma para todo mundo, e o que determina a produtividade de uma pessoa é a maneira como a mesma administra seu tempo. Para isso que a rotina se faz importante, para nos orientar, para que possamos separar um tempo para cada atividade que desejamos fazer em nosso dia, e para que possamos ter um planejamento do que será feito no dia seguinte. Eu vejo, numa das músicas cantadas pelo Djavan- “a carta”- uma forma ideal de viver. A música diz assim: “não vai levar tudo tão a sério, sentindo que dá deixa correr .Se souber confiar no seu critério, nada a perder. Não vá levar tudo tão na boa, brigue para obter o melhor, se errar por amor Deus abençoa, seja você”. O recado que Djavan nos dá é o de que é preciso ter um equilíbrio em nossas atitudes, que devemos saber usar nossos sentimentos na medida certa e que devemos sempre buscar a nossa felicidade sendo nós mesmos.Assim deveria ser com relação às nossas rotinas. É importante ser organizado, é importante desenvolver padrões de conduta e de procedimentos, mas também se torna importante a arte (e aqui eu uso a palavra arte por considerar isso uma habilidade que poucas pessoas tem) de saber a hora certa de fugir da rotina, de fazer algo diferente, de ver o que ainda não foi visto e sentir o que ainda não foi sentido. Esse foi o entendimento que eu tive deste pequeno trecho dessa música, eu senti uma necessidade de navegar por mares que, na minha rotina, eu ainda não havia navegado; de viajar em pensamentos que os minha limitada forma de ver a vida ainda não havia permitido e de agir de uma forma diferente da que eu vinha agindo, nem que fosse apenas por um breve instante.
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