.com.br/rolling-st
ones/musica/50-ano
s-de-rolling-stone
s/
Home » Rolling
Stones » Música
50 anos de The
Rolling Stones
Metade de um
século depois, o
primeiro disco dos
Stones ainda mexe
muito com o
público e revela o
estado bruto de
uma banda que
segue na ativa
Izabela Raphael
25 de Abril de
2014
Imagina que louco:
década de 60, você
no alto da
adolescência, com
níveis de
ansiedade variando
e proibido de
curtir o rock em
paz. O motivo? A
sociedade ter
definido aquele
estilo como música
de rebeldia. Mas
como tudo que é
proibido é mais
gostoso, você dava
seus pulos para
ouvir o som.
Matava aula para
passar o dia numa
loja de discos ou,
simplesmente,
escondia um
rádinho de pilha
de baixo do
travesseiro e
assim passava a
noite acordado
ouvindo as
estações piratas.
Hoje em dia, essas
histórias parecem
divertidas, mas
naquela época,
além de arriscado,
ouvir rock’n’roll
era um atestado de
insubordinação
contra os padrões
sociais,
principalmente
aqueles que
tratavam da
sexualidade dos
jovens.
Em 1962, seis
garotos ingleses
formaram uma das
tantas bandas de
rock daquela
década. Mick
Jagger (vocal),
Keith Richards
(guitarra), Byll
Wyman (baixo), Ian
Stewart (piano),
Brian Jones
(guitarra) e
Charlie Watts
(bateria), todos
eles fãs de blues
norte-americano,
de ídolos como
Chuck Berry e Bo
Diddley, fundaram
os Rolling Stones,
banda que, anos e
troca de alguns
integrantes
depois, se mantém
na ativa até hoje.
O começo
Os Rolling Stones
começaram tocando
em pequenas casas
de shows em
Londres e logo
menos foram
agenciados por
Andrew Oldham, um
relações públicas
bastante esperto
que até então
trabalhava como
assessor de
imprensa de outro
grupo de rock
inglês, um famoso
quarteto de
Liverpool que
levava o curioso
nome de The
Beatles.
Em 1964, mais
especificamente no
dia 16 de abril, o
disco The Rolling
Stones foi
lançado. Gravado
em 10 dias, num
estúdio precário,
o álbum vendeu 100
mil unidades
apenas na 1ª
semana, algo que
colocou os Rolling
Stones nas paradas
de sucessos e nos
corações de
adolescentes em
todo o Reino
Unido.
Disco de estreia
O debut é também
um dos principais
trabalhos da longa
carreira da banda.
Para Keith, um dos
motivos do sucesso
da obra foi a
seleção das
canções, "que
ficou com o melhor
do nosso
repertório
[naquela época]”.
No mesmo
depoimento,
retirado do livro
According To The
Rolling Stones – A
Banda Conta sua
História (Cosac
Naify), Keith
confirma a total
falta de know how
dos músicos e de
Oldham em relação
ao processo de
gravação, já que
segundo ele, os
Stones "nem sabiam
o que era um
produtor".
Contratada pela
gravadora Decca, a
banda teve total
liberdade durante
a produção do
álbum. Além de
escolherem as
músicas, eles
também optaram por
estúdio simples,
revestido de
caixas de ovos,
onde o único
equipamento
profissional
presente era o
gravador de rolo
pendurado na
parede. The
Rolling Stones
apresenta um
repertório de 12
faixas, sendo
apenas uma
composta pela
dupla
Jagger/Richards.
A sonoridade do
disco tem os dois
pés fincados no
blues
norte-americano,
fator que logo de
cara colocou os
Stones na
dianteira de um
rock mais sedutor
e pegado, algo
quase inexistente
no "iê iê iê
romântico" e
polido dos
Beatles. Ainda nas
palavras de
Richards, a única
coisa em comum
entre as duas
bandas era o
processo de
gravação, no qual
"cada faixa era
gravada como se
fosse um compacto.
Isso mudou o modo
como as pessoas
começaram a pensar
os discos".
Impacto
Um disco recheado
com letras de
negros do Sul dos
Estados Unidos,
totalmente
incompreensíveis
para jovens
brancos da
Inglaterra, a
primeira bolacha
dos Rolling Stones
se define por
faixas embluesadas
como “I Just Want
To Make Love To
You” (Willie
Dixon), “Carol”
(Chuck Berry) e
“You Can Make If
You Try” (Ted
Jarrett).
Ironicamente, a
música mais
adocicada de todo
o álbum é também a
única autoral.
“Tell Me” é uma
balada à la Everly
Brothers que
mostra um Mick
Jagger e um Keith
Richards ainda
desabrochando para
a vida de
rockstars.
Destaque para o
sex appeal
melódico de
“Honest I Do”
(Jimmy Reed) e
“I’m King Bee”
(Slim Harpo),
cujas sonoridades
arrastadas fazem
todo o sentido
para uma banda
que, futuramente,
seria reconhecida
pelo total
atrevimento e
despudor. “Walking
The Dog”, a última
faixa, vale pelas
palmas e assovios,
um arremate
envolvente para um
álbum encorpado.
Em linhas gerais –
e cinquenta anos
depois –, ainda há
como se
surpreender com a
ousadia de The
Rolling Stones.
Tentadora, a obra
revela uma banda
em seu estado
bruto e mostra
pelos lados A e B
porque valia tanto
a pena deixar o
rádinho em baixo
do travesseiro.
Com os Stones,
ninguém dorme
sozinho.
Leia mais sobre
Rolling Stones
ESTE É MEU PRESENTE DE ANIVERSÁRIO, ALGUÉM QUER ME PRESENTEAR? HEHE!
Nenhum comentário:
Postar um comentário