A vida se aprende nas perdas. É
perdendo a liberdade que a gente descobre que não se encaixa, é perdendo
alguém que a gente descobre que não vale a pena lutar por futilidades, é
perdendo o apoio que a gente descobre que o resto do mundo não para só
porque nosso mundo parou. A gente vai aprendendo a viver assim, na
marra, no grito, no sufoco, no impulso.
“Liberdade na vida é ter um amor pra
se prender. A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa
a dependência! Confiar no outro. Confiar no outro a ponto de não
somente repartir a memória, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a
ponto de esquecer quem se foi, sem que o outro esteja junto. É talvez
chegar em casa e contar seu dia e só sentir que teve um dia quando a
gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos
olhos. Amar é uma confissão. Amar é justamente quando o sussurro
funciona muito melhor do que um grito...”
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