quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Congratulations;Enfins!!!!

Home> Mensagem do dia> Exercitando a Reciprocidade MENSAGEM DO DIA Exercitando a Reciprocidade 05/10/2022 VOLTAR Compartilhe nas redes sociais ESCUTE A MENSAGEM “Se você não entende o que é reciprocidade, vá a um parque e tente brincar sozinho numa gangorra.” (@poetei). Na ausência de uma gangorra fabricada e bem produzida, brincávamos, na infância, com paus de madeira apoiados num tronco de uma árvore. A diferença estava na quantidade de tombos, por causa do desequilíbrio. Saudades de um tempo em que os brinquedos eram praticamente artesanais e duravam muito tempo. Hoje, as crianças, cuja as famílias possuem um melhor poder aquisitivo, não sabem com qual brinquedo vão brincar. Ainda bem que alguns pais ensinam o desapego, na medida em que os filhos ganham novos brinquedos. A sensação da gangorra, provocando um frio na barriga, não fica no esquecimento. Não são poucos os adultos que sentem saudades das brincadeiras da infância. Me incluo no grupo daqueles que não tiveram muito tempo para brincar, pois a vida exigia estudo e trabalho, prática natural no interior, onde as lidas iniciavam precocemente. Sempre agradeço por ter sido iniciado, ainda criança, no mundo do trabalho. Desconheço a preguiça e tenho dificuldade de compreender quem se deixa levar pela falta de vontade. Quando vejo uma gangorra, rapidamente volto no tempo. De fato, não tinha graça brincar sozinho numa gangorra. Era praticamente impossível o movimento de subir e descer, sem que houvesse um contrapeso na outra ponta. A vida só se realiza se acontecer harmoniosamente a convivência. Precisamos uns dos outros, nas brincadeiras e nas dificuldades. A reciprocidade sela e eterniza as trocas que acontecem. Ser recíproco é sair de si para ir ao encontro do outro, proporcionando a tão necessária complementariedade, que materializa a felicidade. O egoísmo impede que o coração seja recíproco e empobrece a existência. Não importa quanto recebemos, o segredo reside em ofertar a abundância que está no coração. Tenho recebido muito, não para mim, mas para os pobres. A sensação é de que não terei tempo suficiente para agradecer tamanha generosidade. Faz tempo que não sento numa gangorra. Com certeza sempre teria alguém para fazer o contrabalanço. (Frei Jaime Bettega) por Gustavo Prebianca
MENSAGEM DO DIA Vida e Carreira: um Equilíbrio Possível? 23/09/2022 VOLTAR Compartilhe nas redes sociais ESCUTE A MENSAGEM Gosto demais do que um dia escreveu o britânico Beda, o Venerável, lá no século VIII: “Há três caminhos para o fracasso: não ensinar o que se sabe; não praticar o que se ensina; não perguntar o que se ignora”. Por isso, uma carreira a ser “turbinada” exige a capacidade de “ensinar o que se sabe”, isto é, ter permeabilidade e ser reconhecido como alguém que reparte competências, de modo a fortalecer a equipe e demonstrar ambição (querer mais) em vez de ganância (querer só para si, a qualquer custo). É necessário também “praticar o que se ensina”, de forma a deixar clara a coerência de postura, o equilíbrio entre o dito e o feito, e a disposição para assumir com segurança aquilo que adota como correto. Por fim, o mais importante, “perguntar o que se ignora”, pois corre perigo aquele ou aquela que não demonstrar que está sempre em estado de atenção (em vez de estado de tensão) para ampliar capacidades e assumir a humildade (sem subserviência) de compreender e viver aquilo que Sócrates, na Grécia clássica, nos advertiu: “só sei que nada sei”, ou seja, só sei que nada sei por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa ainda vir a saber. Afinal, os projetos e metas em qualquer organização são apenas um horizonte que funciona especialmente para sinalizar quais são as possibilidades e limites de progressão; no entanto, horizontes não são obstáculos e sim fronteiras. Não por acaso, a palavra “equilíbrio” está ligada à ideia de pesar, avaliar, aferir e, portanto, colocar na balança. A expressão latina “aequilibrium” tem a sua origem em equ (igual) e libra (balança). Balancear as dimensões vitais favorece uma mente sadia; afinal, a vida profissional é parte da vida pessoal, e não toda ela. Não deve pesar mais, nem menos. Terá a gravidade (em múltiplos sentidos) que for obtida pelo honesto valor que a ela for atribuído. O que não dá é ficar só balançando sem sair do lugar; harmonia é construção planejada e persistente, em vez de pura espera. O essencial é o que não pode não ser. Essencial é aquilo que faz com que a vida não se apequene. Que faz com que a gente seja capaz de transbordar. Repartir vida. Repartir o essencial, a amizade, a amorosidade, a fraternidade, a lealdade. Repartir a capacidade de ter esperança e, para isso, ter coragem. Coragem não é a ausência de medo. Coragem é a capacidade de enfrentar o medo. E, para isso, precisamos ter esperança. Tem gente que diz: “Ah, mas eu não tenho tempo”. Atenção: tempo é uma questão de prioridade, de escolha. Quando eu digo que não tenho tempo para isso, estou dizendo que isso não é importante para mim. Cuidado, você já viu infartado que não tem tempo? Se ele sobreviver, ele arruma um tempo. O médico dizia “você não pode fazer isso, tem de andar todo os dias”. Se ele infartar e sobreviver, no outro dia você vai vê-lo, às 6 horas da manhã, andando. Se ele tinha tempo, que ele teve de arrumar agora, por que não fez isso antes? Você tem tempo? Se não tem, crie. Talvez precisemos rever as nossas prioridades. Será que estamos cuidando do urgente e deixando o importante de lado? Será que não estamos atrás do fundamental, em vez de ir em busca do essencial? (Mario Sergio Cortella - filósofo, professor da PUC-SP e autor de diversos livros de reflexão filosófica) por Gustavo Prebianca
Home> Mensagem do dia> Rumo à Maturidade MENSAGEM DO DIA Rumo à Maturidade 14/09/2022 VOLTAR Compartilhe nas redes sociais ESCUTE A MENSAGEM “A ferida sara, mas o ferido nunca mais será o mesmo.” (@frasesdodia_br). A convivência é o espaço onde a vida se manifesta de muitas formas. A solidão não é o destino de ninguém, a menos que a pessoa opte para viver distante de tudo e de todos. A espiritualidade propõe a comunhão: passar do eu para o nós. Viemos da comunhão e voltaremos à comunhão. Mas estar lado a lado não é algo tão simples como deveria ser. Ninguém deve fugir do encontro com as diferenças. As pessoas buscam no afastamento uma forma de se proteger, mas que nem sempre é saudável. Garantir a sobrevivência material é um desafio diário. No entanto, dar um sentido à vida acaba sendo a maior interpelação. Os humanos deveriam desenvolver a habilidade de fazer curativos emocionais, pois são muitas as feridas expostas, dentro e fora de casa. Sempre busquei ter paciência para não machucar ninguém. Sou da opinião de que é possível investir no desenvolvimento da resiliência, para sustentar uma convivência alegre e espontânea. Assim como há um despertar para a prevenção das doenças, da mesma forma podemos ficar atentos para não machucar ninguém. Nenhum cristal precisa ser quebrado se os pontos de vistas são diferentes, se o sentir acontece em outras frequências. A ferida sara completamente, quanto muito deixa cicatrizes. Mesmo que o ferido tenha se modificado, a vida deve seguir em frente, rumo à maturidade. Somos seres em continua mudança, num intensivo fluxo de auto entendimento. Os outros merecem nossa gratidão, pois são eles que nos tornam melhores, mesmo quando são contraditórios. Demora um tempo, mas a gente aprende que as mudanças dos outros não são de nossa competência. Podemos até ajudar, mas cada qual deve tratar suas feridas. Tenho ficado atento para alcançar os curativos, para quem escolhe cicatrizar o ontem e o hoje. Tudo passa. O amor não passa. Bênção! (Frei Jaime Bettega) por Gustavo Prebianca