Dica de filme:
https://youtu.be/xFMkqBXYvBU
Laranjas e Sol
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Definitivo
Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas
vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as
cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não
conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não
tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter
compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por
todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para
conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais
profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo
razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta
que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a
felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Martha Medeiros
Fonte: http://www.citador.pt/textos/a-vida-e-uma-montanha-russa-gustavo-santos
A Vida é uma Montanha Russa
A vida não é uma linha reta em que alguém conquistado ou algo
adquirido é uma segurança para todo o sempre; a vida é uma montanha
russa e, de vez em quando, sim, é preciso ficares de pernas para o ar.
Tudo passa, tu ficas. Sou tão assertivo relativamente a este tema porque
sei que é a dependência que gera o apego, ou seja, se as pessoas forem
independentes é impossível serem apegadas. É o ego que as vincula à
ideia de que não são suficientemente boas para dependerem de si mesmas e
é contra esta terrível armadilha que é preciso lutar.
https://whiplash.net/materias/opinioes/000763.html
NÃO DIGAS NADA!
Não digas nada!
Não, nem a verdade!
Há tanta suavidade
Em nada se dizer
E tudo se entender —
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada!
Deixa esquecer.
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda esta viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz...
Não digas nada.
Fernando Pessoa
"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou”.
"Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste."
"Não vejo, sem pensar”.
"Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter”.
(Do Livro do Desassossego - Bernardo Soares
Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa)
Fernando Pessoa
Eu sei que por algum tempo vou
seguir oscilante entre a razão e o desejo. Algumas decisões são tomadas
com o coração inquieto e o pensamento tomado por muitas coisas que
aconteceram e que acontecem, tudo misturado. Sei também que o tempo vai
ser meu amigo para essas coisas da vida. Com coragem eu sigo, nessa
velocidade que eu não temo, nem mesmo de ousar ser feliz.
Fernando Pessoa