segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

.$ Sem palavras pra dizer que é deste post ...



Assistam a entrevista de Keith Richards do Rolling Stones, no Fantástico de 5.21.2010, surpreendente e muito boa:

>> http://www.youtube.com/watch?v=aWUHYuMhwD4

Uma das muitas músicas que eu adoro desta banda, a Rolling Stones ...


Dead Flowers
Rolling Stones
Composição: Jagger / Richards
Well when you're sitting there in your silk upholstered chair
Talkin' to some rich folk that you know
Well I hope you won't see me in my ragged company
Well, you know I could never be alone
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
Well when you're sitting back in your rose pink Cadillac
Making bets on Kentucky Derby Day
Ah, I'll be in my basement room with a needle and a spoon
And another girl can take my pain away
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave - yeah!
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the U.S. Mail
Say it with dead flowers in my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
No, I won't forget to put roses on your grave


Dead Flowers
Rolling Stones
Composição: Jagger / Richards
Well when you're sitting there in your silk upholstered chair
Talkin' to some rich folk that you know
Well I hope you won't see me in my ragged company
Well, you know I could never be alone
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
Well when you're sitting back in your rose pink Cadillac
Making bets on Kentucky Derby Day
Ah, I'll be in my basement room with a needle and a spoon
And another girl can take my pain away
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave - yeah!
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the U.S. Mail
Say it with dead flowers in my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
No, I won't forget to put roses on your grave


Love Is Strong
Rolling Stones
Composição: Mick Jagger / Keith Richards
Love is strong
And you're so sweet
You make me hard
You make me weak
Love is strong
And you're so sweet
And some day, babe
We got to meet
A glimpse of you
Was all it took
A stranger's glance
It got me hooked
And I followed you
Across the stars
I looked for you
In seedy bars
What are you scared of, baby
It's more than just a dream
I need some time
We make a beautiful team
A beautiful team
Love is strong
And you're so sweet
And some day, babe
We got to meet
Just anywhere
Out in the park
Out on the street
And in the dark
I followed you
Through swirling seas
Down darkened woods
With silent trees
Your love is strong
And you're so sweet
You make me hard
You make me weak
What are you scared of, baby
It's more than just a dream
I need some time
We make a beautiful team
Beautiful
I wait for you
Until the dawn
My mind is ripped
My heart is torned
Your love is strong
And you're so sweet
Your love is bitter
It's taken neat
Love is strong, yeah


http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Rolling_Stones


The Rolling Stones é uma proeminente banda de rock inglesa formada em 25 de maio de 1962, e que está entre as bandas mais antigas ainda em atividade. Ao lado dos Beatles, foram considerados a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 1960, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas e que decisivamente influíram na música pop e nos costumes de sempre.
Formado por Brian Jones, Keith Richards, Mick Jagger, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo calcava sua sonoridade no blues. Em mais de quarenta anos de carreira, sucessos como "Wild Horses", "(I Can't Get No) Satisfaction", "Start Me Up", "Sympathy For The Devil", "Jumping Jack Flash", "Miss You" e "Angie" fizeram dos Stones uma das mais conhecidas bandas do rock mundial, levando-a a enfrentar todos os grandes clichês do gênero, desde recepções efusivas da crítica até problemas com drogas e conflito de egos, principalmente entre Jagger e Richards. Os Rolling Stones já venderam mais de 200 milhões de álbuns no mundo inteiro em sua carreira.[1]
Índice [esconder]
1 História
1.1 1960-1970
1.2 1971-1980
1.3 1981-1990
1.4 1991-2000
1.5 2001-presente
2 Integrantes
2.1 Atuais
2.2 Antigos
3 Discografia
4 Videografia
5 Turnês
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas
[editar]História

[editar]1960-1970


Os Rolling Stones em 1965. Foto: Kevin Delaney.
Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, [2]e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rollin' Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.[3]
O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda, mas porque sua imagem pessoal não tinha o devido sex-appeal, ele seria rebaixado a gerente de palco, com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa repercussão nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional de seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). Seu empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta: Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?.
Os primeiros singles, um cover de uma canção de Chuck Berry e Muddy Waters de cada lado, Come On/I Want To Be Loved, e uma gravação para uma composição da dupla John Lennon e Paul McCartney, I Wanna Be Your Man, foram bem aceitos. O primeiro álbum, chamado simplesmente The Rolling Stones, saiu em abril de 1964, contendo apenas uma composição de Jagger e Richards. Apenas com Tell Me (You're Coming Back), lançado em junho de 1964, é que uma composição da dupla seria lançada como lado A de um compacto. A partir daí, pouco a pouco o material próprio começou a ser valorizado, tendo em Out Of Our Heads, de 1965, o primeiro de uma série de discos basicamente de composições da dupla Jagger-Richards. É nesse ano que a banda lança seu maior hit em todos os tempos, (I Can't Get No) Satisfaction.
Com o álbum Aftermath, de 1966, a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados. O flerte com o rock psicodélico e experimental teria seu ápice em Their Satanic Majesties Request, de 1967. Com Beggar's Banquet (1968) haveria a volta ao estilo mais próximo ao R&B que os fizeram famosos. São desta época dois dos maiores hits da banda, Jumpin' Jack Flash, que só saiu como compacto e a controversa Sympathy For The Devil - que Mick disse ter se inspirado em uma visita a um centro de candomblé na Bahia - música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.
Em 1969 Brian Jones oficialmente abandona os Stones, sendo substituído por Mick Taylor (que havia tocado com o John Mayall's Bluesbreakers). Poucos dias depois de sua saída, Brian Jones seria encontrado morto afogado na piscina de sua casa em Sussex, em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas. Existem duas versões: que ele se afogou sob influência de drogas e álcool, ou que ele foi afogado propositalmente por um dos empreteiros contratados para fazer obras na propriedade. Entretanto, em 1993, um empreteiro conhecido como Frank, assumiu em seu leito de morte ter assassinado Brian Jones através de afogamento. Embora houvesse sido planejado muito tempo antes, dias depois a banda realizou um concerto memorável no Hyde Park, em Londres, diante de um público de 300 mil pessoas, que acabou tendo um significado especial além da apresentação do pouco conhecido novo guitarrista, Mick Taylor. O show aconteceu num palco decorado com uma enorme foto colorida e estourada de Jones. Jagger, vestido de branco, interrompeu a apresentação para ler uma passagem do poema Adonais de Percy Bysshe Shelley, em memória do amigo problemático. Enquanto mais de 3.000 borboletas brancas eram soltas do palco para a platéia emocionada. Os Stones pareciam ter chegado ao fim de uma era. Sem imaginar que a próxima tragédia estava bem próxima.
Em 6 de dezembro de 1969, o grupo chegou a Altamont, na Califórnia, para uma grande apresentação ao ar livre - com uma platéia pelo menos duas vezes maior do que a do Hyde Park. Bem antes dos Stones subirem no palco já havia problemas. A segurança do espetáculo estava sob a responsabilidade de um bando de Hell`s Angels de São Francisco, uma gangue de motoqueiros grossos e arrogantes que não sentiam nada a não ser desprezo pela multidão de mais de 500 mil hippies. Qualquer um que tentasse subir no palco era agredido e escorraçado de volta para a platéia por Angels que portavam tacos de sinuca. Durante a apresentação da banda Jefferson Airplane, que antecedeu a atração principal, fãs estavam sendo carregados para as cabanas da Cruz Vermelha em maior quantidade do que os médicos de plantão podiam dar conta. Quando os Rolling Stones finalmente foram se apresentar, a multidão ficou histérica, e os Hell`s Angels reagiram ficando ainda mais selvagens. Durante a execução de Under My Thumb no momento em que Mick finalizava a canção, um jovem hippie Meredith Hunter negro,ataca os seguranças (hells angels) que desde muito antes tratavam o público com hostilidade e violência, em contrapartida, um hell angel apunhala o jovem pelas costas, matando-o . Os Stones tinham noção de que alguma coisa havia acontecido, embora do palco fosse difícil dizer exatamente o quê. No dia seguinte é que os Rolling Stones descobriram que quatro pessoas (incluindo Meredith Hunter) haviam morrido naquele dia. Há versões de que Meredith foi agredido pelos Hell`s Angels por estar acompanhado de uma linda loira, mas ele estava armado com um revolver e o assassino, Alan Passaro, foi julgado alguns anos depois e inocentado por legítima defesa. O que aconteceu naquele dia fatídico está registrado no filme Gimme Shelter, de 1970. Ainda em 1969 os Stones lançaram Let It Bleed (título geralmente visto como sátira a Let It Be, dos Beatles, disco que de fato só seria lançado seis meses depois). Em 1970 sai Get Your Ya-Ya's Out, o primeiro disco ao vivo, com estéreo autêntico e alta fidelidade, gravado de sua apresentação no Madison Square Garden, em Nova York.
[editar]1971-1980


Nos anos 70, com o álbum Sticky Fingers, esse logo desenhado por John Pasche ficou associado à banda e desde então faz parte do merchandise do grupo.


Richards no palco em 1972.


Mick Taylor em 1972.
Em 1971 a banda passa para a Atlantic Records, que lhes permite estrear o selo próprio, Rolling Stones Records. Nesse ano a banda lança um dos seus álbuns mais curiosos, Sticky Fingers, cuja capa foi idealizada por Andy Warhol com uma foto de uma pélvis atribuída a Jagger e cujo LP original possuía um zíper que podia ser aberto e mostrava uma figura de uma cueca (a despeito da banana do álbum Velvet Underground and Nico). Esse álbum também foi o primeiro a mostrar o famoso logotipo da boca que apesar de ter sido sempre atribuído a Andy Warhol na verdade foi produzido por John Pasche.
Keith Richards encontra-se no sul da França, na mansão utilizada pelos nazistas Villa Nellecote, pelo fato de todos os Stones estarem devendo uma fortuna de imposto de renda na Inglaterra. Esse período foi considerado como o exílio dos Rolling Stones. A intenção da banda, é compor todo o novo álbum (que viria a ser Exile on Main St) para, na sequência, promover uma grande turnê pelos Estados Unidos. O faturamento da tour serviria para quitar os impostos dos Stones na terra da Rainha. Entretanto, os problemas de Keith e sua esposa, Anita Pallemberg, com as drogas acaba por atravancar os trabalhos de composição. Após várias semanas pontuadas por incidentes e trabalhos infrutíferos, Keith e Anita são acusados de tráfico de drogas e obrigados a fugir da França às pressas. A maior parte do disco é composta e gravada em Los Angeles (EUA). Antes da conclusão do trabalho, no entanto, Keith Ricards passa por um severo programa de desintoxicação na Suíça. Após a mixagem lançam, em 1972, o álbum duplo Exile on Main Street, considerado por muitos, e pelo próprio Jagger, como o melhor álbum da banda pela sua consistência, plasticidade e versatilidade dos músicos, o qual produz, entre outras, a música Tumblind Dice, obrigatória em qualquer show dos Stones até os dias de hoje.


Ronnie Wood (esquerda) e Mick Jagger (direita) cantam em 1975.
Com a excelente repercusão do disco anterior e embalados pela sua turnê de 1972/1973, os Stones entram mais uma vez no estúdio e lançam em 1973 o álbum Goats Head Soup, amplamente conhecido pelo hit Angie e pela polêmica Star Star. Interessante que a balada Waiting on a Friend foi composta e gravada durante as sessões deste álbum e lançada apenas oito anos depois no álbum Tattoo You (1981), a qual, devidamente remixada tornou-se um hit da banda, assim como a música Tops.
Em 1974 os Rolling Stones gravam o clássico It's Only Rock'n'Roll no estúdio do guitarrista Ronnie Wood (que tocava com a banda inglesa The Faces, liderada por Rod Stewart). Com a saída repentina de Mick Taylor para seguir carreira solo, Wood assume a segunda guitarra, embora só será oficialmente um membro efetivo dos Stones a partir da turne de 1975, cuja primeira apresentação com a banda ocorre em 1º de junho do mesmo ano em Baton Rouge, Lousiana, Estados Unidos, através dos acordes de Honky Tonk Women.


Jagger num palco de São Francisco, com a turnê dos Stones nos EUA.
Embora a turnê de 1975 tenha sido batizada de Tour Of The Americas pois previa, além dos Estados Unidos e Canadá, shows no Brasil - Rio de Janeiro (14 e 17/08) e São Paulo (19 e 21/08) -, México (7 e 10/08) e Venezuela (28 e 31/08), estes não ocorreram por restrições políticas dos governantes desses países, preocupados com a imagem de desordeiros e drogados que a banda poderia passar além de desagradar os respectivos regimes de governo.
Lançam, então, Black & Blue (1976), um disco mais intimista com forte participações de convidados como Billy Preston, que já havia gravado Let It Be, dos Beatles e vinha participando de todos os álbuns dos Stones desde Sticky Fingers de 1971, e Ron Wood confirmado no comando da segunda guitarra, que obtém razoável sucesso. O álbum seguinte é Love You Live (1977), um duplo ao vivo gravado na turnê européia de 1976, bastante heterogêneo e com a formação básica da banda no palco. Em (1978) lançam Some Girls que é bem mais pesado do que os últimos trabalhos. Este disco é fortemente influenciado pelo movimento punk surgido na Inglaterra no ano anterior, com temas rápidos e agressivos como Respectable e When The Whip Comes Down, embora o disco seja mais lembrado pelo seu hit à la discoteque Miss You. Mostrando a vitalidade característica até os dias de hoje, ainda no mesmo ano saem, novamente, em turnê pelos Estados Unidos e já dão mostras da tendência que por eles será magistralmente explorada nos próximos anos: enormes palcos e infra-estrutura dos shows, jamais vistas até então. Em 1980 lançam um disco mais linear, Emotional Rescue, com um hit homônimo.
[editar]1981-1990
Em 1981 a banda larga Atlantic Records e assina com a EMI. O álbum de estreia é Tatoo You, tido por muitos como o melhor álbum da banda de todos os tempos e talvez o seu único grande triunfo para esta gravadora, visto ser o de maior sucesso comercial da banda até os dias de hoje. Destacam-se inúmeros hits da banda, como a explosiva Start Me Up, obrigatória em todos os shows, e a balada Waiting On A Friend, composta inicialmente em 1973 e não lançada no disco do mesmo ano.
Com a excursão americana no mesmo ano, os Rolling Stones definitivamente inauguram a moda de shows gigantescos de duração de três horas, palcos móveis e desmontáveis e toneladas de equipamentos de som e luz. Resumindo a turnê em solo americano lançam em (1982) o álbum ao vivo Still Life (American Concert 1981) e o filme Let's Spend the Night Together, que, sob a direção do renomado Hal Ashby, mostra o vigor juvenil de Jagger e a reabilitação de Richards das drogas, além do novo formato de apresentações ao vivo.
Em meio a especulações da mídia de possível separação da banda, no final de 1983 os Stones lançam o álbum Undercover, e, alimentando ainda mais estes rumores, a banda não sai em turnê e tampouco os músicos se pronunciam a respeito, cada um elaborando trabalhos individuais e não sendo vistos juntos em nenhuma ocasião.
Ian Stewart, pianista, gerente de palco e um dos fundadores da banda, acompanhando em todos os álbuns e shows, morre em 1985 em virtude de um ataque cardíaco. Tido como o sexto Stone, é homenageado com uma faixa no álbum da banda de 1986, Dirty Work, cujo álbum também não é acompanhado de turnê.
O relacionamento entre os membros restantes da banda não era dos melhores, com desentendimentos frequentes entre Jagger e Richards. Mick Jagger envereda em uma carreira solo gravando músicas dentro do estilo Rolling Stones e causa um desentendimento sério entre ele e seu sócio Keith Richards. Especulações sobre o fim da banda duram por seis anos, embora o clima ruim não impedisse que continuassem sendo lançados álbuns de repercussão cada vez maior. Jagger, Richards, Wood, Wyman e Watts lançaram vários álbuns solo durante a década de 80 e 90.
Os Stones adentraram a década de 90 com uma nova gravadora, a CBS, em meio a rumores de que Mick Jagger e Keith Richards não podiam nem mesmo dividir uma mesma sala sem se engalfinharem. Os constantes boatos sobre a dissolução da banda ajudaram a catapultar o interesse e a expectativa da turnê e as vendas do álbum Steel Wheels (1989), tornando-a a maior da banda em todos os tempos até então. Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco tendo participação durante a turne,do Guns N' Roses que estava explodindo no cenário musical,como banda de abertura. Reflexo disso é o álbum Flashpoint de 1990 que traz os Stones de volta aos palcos depois de sete anos.
Foi também a partir dessa turnê que os Stones tornaram-se experts nos negócios, transformando-se em uma banda multimilionária, com administração autônoma e profissional, alcançando espaços na mídia até então nunca vistos, tendência que permitiu as sucessivas bem-sucedidas turnês seguintes e um exemplo de exposição e fixação da "marca" The Rolling Stones.
[editar]1991-2000
O outro membro original, Bill Wyman, que deixa o grupo em 1993, ainda mantém fortes ligações com a banda, à exemplo de seu pub em Londres, o Sticky Fingers, totalmente decorado com inúmeras fotos, instrumentos e discos de ouro, entre outras lembranças dos Stones. Para o seu lugar é escalado o baixista Darryl Jones, que é apenas músico contratado, não sendo considerado membro oficial.
Em 1994, após um longo período de inatividade, é lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome (que passou pelo Brasil). A turnê que se iniciou em 19 de julho de 1994 em Toronto, Canadá, e foi encerrada em 30 de agosto de 1995 em Rotterdam, Holanda, arrecadou em torno de US$ 400 milhões. Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda são relançadas em CD. O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para "Like a Rolling Stone", clássico de Bob Dylan.
No ano seguinte lançam The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithfull, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John Lennon e Yoko Ono, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell, baterista do The Jimi Hendrix Experience.
Ainda em 1997 sai Bridges of Babylon, com uma capa luxuosa e uma excursão mundial igualmente cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público. Inclui também uma ponte para a banda atravessar do palco principal para o menor, sendo que neste executam basicamente clássicos sem o acompanhamento de metais e backing vocals voltando às raízes da banda nos anos 60 e, assim, inauguram um novo estilo de apresentações que se seguiram nas turnês seguintes. Com dois shows no Brasil, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro (com participação mais que especial de Bob Dylan, inclusive abrindo os shows para a banda), confirmaram o país com status de rota obrigatória. Retrato dessa turnê foi o lançamento do álbum ao vivo No Security, em 1998.
[editar]2001-presente


Ron Wood e Mick Jagger com os Rolling Stones em Viena, 2006.
Para comemorar os 40 anos do grupo, em 2002 lançam o álbum duplo Forty Licks (1962-2002) que traz, além de 36 sucessos da banda, 4 novos hits (Don't Stop, Keys To Your Love, Stealing My Heart e Losing My Touch), sendo o primeiro uma espécie de resumo da perseverança característica da banda, atingindo bastante sucesso. Em 16 de agosto do mesmo ano com um show em Toronto (Canadá) os Stones lançam uma de suas maiores turnês - a Licks Tour (detalhe para a música Heart of Stone, não tocada ao vivo desde 5 de dezembro de 1965). Esta longa turnê passou por todos os continentes do planeta, tendo sido encerrada em 9 de novembro de 2003, em Hong Kong. Mantendo o status de maior banda de rock & roll do mundo e a tradição de suas espetaculares apresentações, montam estruturas distintas e específicas para shows em arenas, estádios e teatros, além de private shows. Ao final do mesmo ano lançam o esplêndido DVD quádruplo Four Flicks, mostrando cada um dos formatos de suas apresentações e toda a vitalidade dos músicos sessentões.


Keith Richards em Hannover, 2006, durante a turnê A Bigger Bang.
Quando todos imaginavam o fim da banda, devido a um câncer na garganta do baterista Charlie Watts diagnosticado em junho de 2004 e curado em fevereiro de 2005, o vigor incansável do quarteto com ênfase às belas letras de Jagger e Richards (conhecidos como The Glimmer Twins desde os anos 70, pela ligação existente entre eles, além das lendárias histórias que protagonizaram) produz um de seus melhores álbuns de estúdio de todos os tempos. Lançado em 2005 A Bigger Bang traz uma sonoridade crua e voltada às raízes da banda: rock and roll, blues e rhythm and blues, além das pegadas das guitarras da dupla Richards/Wood, bem como para a harmônica melodiosa de Jagger, as 16 fortes canções do álbum mostram a excelência e competência de Jagger/Richards/Watts/Wood. Para a divulgação do álbum, mais uma vez iniciando em Toronto (em 10 de agosto de 2005), a banda se lança na estrada com a turnê do mesmo nome.
Em 18 de fevereiro de 2006, os Rolling Stones voltaram ao Brasil para o show da turnê A Bigger Bang. O show, gratuito, foi realizado nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, entrando para a história como o maior show da banda e um dos maiores concertos de rock de todos os tempos.


Rolling Stones no Estádio Olympia em Munique, 2006.
Após dois anos do lançamento da turnê A Bigger Bang, que passou pela América do Norte, em duas oportunidades (2005 e 2006), América do Sul (2006) e Europa (2006), os músicos dos Stones arrecadaram, até novembro de 2006, em torno de US$ 437 milhões (recorde na história da música), os Stones anunciaram, em 22 de março de 2007, uma lista de novos shows pelo velho continente, que se iniciou em 5 de junho de 2007, com uma apresentação em Werchter, Bélgica e se encerrou em 26 de agosto de 2007 em Londres, apesar de rumores de que novos shows serão realizados em 2008. Com seu encerramento, os Stones realizaram a mais longa de suas turnês mundiais, com arrecadação de US$ 560 milhões (novo recorde), e, apresentando-se para quase 6 milhões de espectadores, mostraram a inesgotável energia que os move por mais de 45 anos de estrada. Ainda em 2006, a banda teve sua música "Can't You Hear Me Knockin'" presente no game Guitar Hero 2, em versão cover, o que desapontou muitos fãs pois a voz do cantor que faz esse cover no GH2 não é nada parecida com a de Mick Jagger. Em 12 de junho de 2007, foi lançado o DVD The Biggest Bang, que contém 4 discos com mais de sete horas de shows, incluindo a integra do realizado no Rio de Janeiro, no ano anterior, bem como em Austin, Texas, e materiais dos shows de Japão, Buenos Aires e Shangai, além de entrevistas exclusivas e reveladoras com os membros da banda. Nesse mesmo ano, os Stones voltariam a ter outra música de sucesso na série Guitar Hero, desta vez a música era "Paint it, Black", presente no Guitar Hero 3 Legends of rock. Em 04 abril de 2008, estreou nos cinemais mundiais o filme The Rolling Stones Shine a Light (distribuído no Brasil pela Imagem Filmes), concebido e dirigido pelo premiado diretor Martin Scorsese - um declarado fã da banda - que, em duas apresentações no Beacon Theatre de Nova York, em novembro de 2006, com dezesseis câmeras focadas diretamente nos músicos, registrou com profundidade a bela performance da banda em um repertório levemente diferenciado das apresentações normais. Conta, ainda, com a presença de Jack White, do grupo White Stripes, da cantora Christina Aguilera e do bluesman Buddy Guy. Ainda, de forma genial mescla imagens de arquivo desde o início da banda, nos anos 60, confrontando com declarações atuais, como a pretensão de Mick Jagger em manter-se ativo aos sessenta.
[editar]Integrantes

Integrantes do The Rolling Stones ao longo do tempo


[editar]Atuais
Mick Jagger - vocal, guitarra e gaita (desde 1962)
Keith Richards - guitarra e vocal (desde 1962)
Ron Wood - guitarra (desde 1974)
Charlie Watts - bateria e percussão (desde 1963)
[editar]Antigos
Brian Jones - guitarra (1962–1969)
Mick Taylor - guitarra (1969–1974)
Bill Wyman - baixo (1962–1993)
[editar]Discografia

Ver artigo principal: Discografia de The Rolling Stones
[editar]Videografia

1966 - Charlie Is My Darling
1968 - Sympathy For The Devil
1968 - The Rolling Stones Rock And Roll Circus
1969 - The Stones In The Park
1974 - Ladies and Gentlemen: The Rolling Stones
1975 - Cocksucker Blues
1982 - Let's Spend the Night Together
1984 - Video Rewind
1989 - 25 x 5: The Continuing Adventures of The Rolling Stones
1991 - Live At The Max
1994 - Live Voodoo Lounge Souvenir Video (Giants Stadium)
1995 - Voodoo Lounge
1998 - One Plus One
1998 - Bridges To Babylon Tour 97-98
2003 - Four Flicks
2004 - Toronto Rocks
2007 - The Biggest Bang
2008 - The Rolling Stones Shine a Light
[editar]Turnês

Segue abaixo uma lista de todas as turnês realizadas pelos The Rolling Stones, e os shows realizados no Brasil:
1962 - Inglaterra
1963 - Inglaterra
1964 - Europa
1964 - Estados Unidos
1965 - Europa
1965 - Estados Unidos
1965 - Oceania
1966 - Europa
1966 - Estados Unidos
1966 - Oceania
1967 - Europa
1969 - Estados Unidos
1970 - Europa
1971 - Inglaterra (Goodbye Britain)
1972 - Estados Unidos e Canadá
1973 - Europa
1973 - Estados Unidos (Winter Tour)
1973 - Oceania (Winter Tour)
1975 - Estados Unidos e Canadá (Tour of The Americas)
1976 - Europa
1978 - Estados Unidos
1981 - Estados Unidos
1982 - Europa
1989 - Estados Unidos e Canadá
1990 - Europa
1990 - Japão
1994 - Estados Unidos (Voodoo Lounge Tour)
1995 - América do Sul e África (Voodoo Lounge Tour)
27 de janeiro - Estádio do Pacaembu, São Paulo
28 de janeiro - Estádio do Pacaembu, São Paulo
30 de janeiro - Estádio do Pacaembu, São Paulo
2 de fevereiro - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
4 de fevereiro - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
1995 - Europa, Ásia e Oceania (Voodoo Lounge Tour)
1997 - Estados Unidos (Bridges To Babylon Tour)
1998 - América do Sul e África (Bridges To Babylon Tour)
11 de abril - Sambódromo, Rio de Janeiro
13 de abril - Ibirapuera (pista de atletismo), São Paulo
1998 - Europa, Ásia e Oceania (Bridges To Babylon Tour)
1999 - Estados Unidos (No Security Tour)
1999 - Europa, Ásia e Oceania (Bridges To Babylon Tour)
2002 - Estados Unidos (Licks Tour)
2003 - Estados Unidos (Licks Tour)
2003 - Austrália (Licks Tour)
2003 - Ásia (Licks Tour)
2003 - Europa e Oceania (Licks Tour)
2005 - Estados Unidos (A Bigger Bang Tour)
2006 - América do Sul (A Bigger Bang Tour)
18 de fevereiro - Praia de Copacabana, Rio de Janeiro (para aproximadamente 1,5 milhão de espectadores)
2006 - Europa, Ásia e Oceania (A Bigger Bang Tour)
2006 - América do Norte (A Bigger Bang Tour)
2007 - Europa (A Bigger Bang Tour)
[editar]Ver também

Lista de recordistas de vendas de discos
Invasão Britânica
Referências

↑ Holton, Kate. "Rolling Stones sign Universal album deal" (em inglês). Reuters. Thomson Reuters. 17 de janeiro de 2008. (página da notícia visitada em 17/12/2009)
↑ Keith Richards and Mick Jagger are streets ahead as Rolling Stones songs inspire road names in their hometown
↑ Wyman, Bill. Rolling With the Stones. [S.l.]: DK Publishing, 2002. pp. 36–37.
[editar]Ligações externas


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O músico inglês Paul McCartney publicou em seu site oficial um emocionante vídeo em agradecimento aos fãs do Brasil e da Argentina que lotaram seus cinco shows pela região no mês de novembro.

O vídeo está disponível para todos os fãs baixarem gratuitamente através do endereço www.paulmccartney.com. Com a música “Here Today” ao fundo, o vídeo mostra cenas de Paul nos shows realizados em Porto Alegre, Buenos Aires e São Paulo, além de cenas fora do palco, como a chegada do ex-Beatle ao Estádio do Morumbi, na capital paulista.

Paul McCartney se apresentou no Brasil nos dias 07, 21 e 22 de novembro, sendo que o primeiro show foi em Porto Alegre e os outros dois em São Paulo. Veja o vídeo aqui.
Postado 06/12/2010 às 08:42 por Maria Lima


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O rock'n'roll possuiu diversas lendas. Algumas delas surpreendem pelo simples fato de ainda estarem vivas. Ozzy Osbourne e Keith Richards são alguns exemplos. Ambos possuem um longo histórico de abuso de álcool de drogas. Por isso, suas biografias tornam-se tão interessantes.

Como Osbourne em junho deste ano, Richards lançou agora "Vida", livro no qual conta em detalhes diversas passagens de sua vida.

Da infância até sua participação em "Piratas dos Caribe - No Fim do Mundo", o músico relembra os principais acontecimentos de sua inacreditável trajetória.

Overdoses, casamentos, prisões, brigas com Mick Jagger, os momentos nos quais determinadas canções nasceram, tudo é registrado em conjunto com o jornalista James Fox.

Keith conta, também, com alguns mistérios em torno de sua figura, como troca completa de seu sangue e o boato de que teria cheirado as cinzas do seu pai.

Histórias assim repetem-se constantemente no rock, algumas mais bizarras que as outras. Algumas, no entanto, apesar de parecerem inventadas por uma mente criativa são pura verdade.

No caso dos Rolling Stones, por exemplo, quando se escuta que os Hells Angels fariam a segurança de um show já se imagina que não pode dar certo. Ainda assim isto realmente aconteceu em 1969, na cidade norte-americana de Altamont e foi registrado no filme "Gimme Shelter".

Veja abaixo trecho de "Vida", no qual Keith Richards conta o que viveu na trágica noite:

*
Altamont era estranha, especialmente porque estávamos bem cansados depois da excursão e da gravação. Sim, faremos um concerto gratuito, por que não? Muito obrigado a todos. E então o Grateful Dead ficou envolvido, nós os convidamos porque eram eles que faziam isso o tempo todo. Nós entramos em contato e perguntamos, vocês acham que dá para fazermos um show juntos nas próximas duas ou três semanas? O negócio é que Altamont não teria sido em Altamont sem a absoluta estupidez dos cabeças-duras da Câmara de San Francisco. Íamos fazer a apresentação na versão local do Central Park. Eles montaram o palco e depois tiraram a licença, a permissão e derrubaram tudo. E aí veio, ah, vocês podem ficar com esse local. Nós estávamos no Alabama, em um lugar qualquer, fazendo gravações. Assim, respondemos, deixamos isso para vocês, rapazes. Nós vamos aparecer e tocar.

Acabou que o único lugar que sobrou foi aquele autódromo em Altamont, um lugar perdido no meio do mato. Não havia segurança nenhuma, a não ser pelos Hells Angels, se é que se pode chamar aquilo de segurança. Mas era 1969 e havia uma anarquia desenfreada. Havia muito poucos policiais. Acho que vi três policiais para meio milhão de pessoas. Não duvido que mais alguns estivessem por ali, mas a presença da polícia era mínima.

No básico, era uma enorme comuna que se espalhou pelo terreno durante dois dias. Era muito medieval, na aparência e no ambiente, caras tocando sinos e cantando "haxixe, peiote". Você pode ver tudo isso em Gimme Shelter. O ápice da comuna hippie e do que pode acontecer quando as coisas dão errado. E fiquei admirado por as coisas não terem dado mais errado ainda.

Meredith Hunter foi assassinada. Outras três pessoas morreram acidentalmente. Num show daquele tamanho, a contagem de vítimas às vezes chega a quatro ou cinco, pisoteados ou sufocados. Olhe o The Who, tocando num show totalmente legal, e onze pessoas morreram. Mas em Altamont surgiu o lado negro da natureza humana, o que pode acontecer no centro da escuridão, uma descida durante algumas horas ao patamar do homem das cavernas, culpa de Sonny Barger e sua turma, os Angels. E vinho tinto ruim. Thunderbird e Ripple, as piores merdas de vinho que existem, e ácido ruim. Para mim, foi o fim do sonho. Havia uma coisa como o poder das flores, o flower power, não que a gente visse muito dele, mas já existia o ímpeto para chegar lá. E não duvido que morar em Haight-Asbury entre 1966 e 1970, e mesmo um pouco além, tenha sido muito legal. Todo mundo seguia em frente e era um jeito diferente de fazer as coisas. Mas os Estados Unidos eram muito extremados, oscilando em um minuto entre uma visão quaker da vida e o amor livre, e ainda são assim. E lá a corrente era contra a guerra, basicamente nos deixem em paz, só queremos ficar altos.

Quando Stanley Booth e Mick voltaram para o hotel, depois de termos percorrido a pé o terreno em Altamont, eu resolvi ficar. Era um ambiente interessante. Não vou voltar para o Sheraton e então vir para cá amanhã. Vou ficar aqui enquanto durar. Era o que eu sentia. Tenho tantas horas para me afinar com o que está acontecendo aqui. Era fascinante. Dava para sentir no ar, qualquer coisa podia acontecer. Sendo a Califórnia o que é, era muito bonito durante o dia. Mas, logo que o sol se pôs, ficou muito frio. E aí um inferno de Dante começou a borbulhar. Havia gente, hippies, tentando desesperadamente ser legais. Havia quase um desespero com relação ao amor e à aproximação, tentando fazer com que funcionasse, tentando fazer com que se sentissem bem.
Foi aí que os Angels, com toda certeza, não ajudaram nada. Eles tinham sua própria agenda, que era basicamente tirar daquilo o máximo possível. Dificilmente poderiam ser chamados de uma força organizada. Alguns daqueles caras estavam com os olhos rolando, mastigando os lábios. E houve a provocação deliberada de estacionar as motocicletas em frente ao palco. Porque parece que você não pode tocar numa moto de um Angel. É totalmente proibido. Eles montaram uma barreira com as suas Harleys e desafiaram as pessoas a tocá-las. E, com as pessoas sendo pressionadas para a frente pela multidão, isso se tornou inevitável. Se você assistiu Gimme Shelter, o rosto de um Angel conta toda a história. Ele está espumando pela boca, tem tatuagens, está vestido de couro e usa rabo de cavalo. Está só esperando alguém tocar na sua moto para começar a trabalhar. Eles estão muito bem equipados, têm porretes e todos carregam facas, naturalmente. Faço isso também. Mas mostrá-las e usá-las é outra coisa. É o último recurso.

Quando escureceu e entramos no palco, a atmosfera ficou lúgubre e sombria. Stu, que estava lá, disse: "Está começando a ficar perigoso, Keith". Respondi que íamos ter que enfrentar a situação. A multidão era muito grande e só podíamos enxergar o que ficava próximo do nosso círculo imediato, pois as luzes estavam batendo em nossos olhos, como sempre acontece com as luzes do palco. Estávamos praticamente meio cegos e não era possível ver e discernir tudo o que se passava. Só podíamos cruzar os dedos.

O que poderíamos ter feito? Os Stones estavam tocando, com o que eu podia ameaçá-los? "Paramos de tocar", eu disse. "Acalmem-se ou não tocamos mais." Qual é a vantagem de arrastar sua bunda o caminho inteiro e não ver nada? Mas naquela altura, algumas coisas já estavam em movimento.

Não passou muito tempo antes que a merda fosse jogada no ventilador. No filme, você pode ver Meredith Hunter agitando um revólver e pode ver as facadas. Ele está com um paletó verde-limão e chapéu. Também espumava pela boca, estava tão doido quanto os outros. Porque agitar um berro na frente dos Angels era a mesma coisa que, bem, era o que eles estavam esperando! Foi o estopim. Duvido que a arma estivesse carregada, mas ele queria chamar a atenção. No lugar errado e na hora errada.

Quando aconteceu, ninguém percebeu que ele tinha morrido. O show continuou. Gram também estava lá, estava tocando naquele dia com os Burritos. Nos metemos todos num helicóptero superlotado. Graças a Deus saímos de lá, porque foi apavorante, mesmo estando acostumados a fugas que davam medo. Esta foi somente numa escala maior e num lugar que não conhecíamos. Mas não foi pior do que escapar do Empress Ballroom em Blackpool. De fato, se não fosse pelo assassinato, podíamos até ter achado que as coisas estavam tranquilas, embora por pouco. Foi a primeira vez que tocamos "Brown sugar" ao vivo - um batismo infernal, na confusão de uma noite na Califórnia. Só soubemos o que tinha acontecido quando voltamos ao hotel, mais tarde ou mesmo na manhã seguinte.

*
Vida
Autor: Keith Richards
Editora: Globo
Páginas: 640
Quanto: R$ 49,90


Fonte: UOL
Postado 06/12/2010 às 14:57 por Luciano Pettorini (Rádio Maisnova FM Caxias)

já dizia @bobagento no twitter: "CuidAIDS com suas amizAIDS."

sábado, 4 de dezembro de 2010

>) Identidade e Seu Cuca agitando a região este findi ...



hoje a noite tem grandes shows na região de Passo Fundo/RS:
Seu Cuca na Destilaria em Casca e Identidade no Velvet em Passo Fundo


Lia (Essa Garota É Louca)
Identidade
Composição: F. Solano/l. Hanke/f. Dametto/e. Dolzan/e. Solano
Lia saia na rua com sua boca-se-sino
Esperando uma amor encontrar
Mas quando chega à escola e vê que ninguém lhe dá bola
Lia se põe a chorar...
Seu cabelo é picado, seu colete desfiado
E uso botas de cowboy
Não tem medo de nada, anda sempre bem armada
Mas sei que seu coração dói...
Um dia Lia foi embora
Queria contar ao mundo sua história
Roupas na mala, cigarro na boca
Todos diziam essa garota é louca
Lia pôs os pés na estrada, sua sorte foi lançada
Mas o tempo se encarregou
De lhe dar alguns amigos e fazer o que mais gosta
O bom e velho rock n' roll
Escreveu alguns poemas inspirados em Jonh Lennon
E libertou seu coração
Sua guitarra envenenada e sua mente valvulada
Conquistaram a Redenção
Seus shows eram muito pirados
Sempre acabavam com os palcos quebrados
Com sua voz rasgada e rouca
Todos diziam essa garota é louca...
Lia saia na rua com sua boca-se-sino
Esperando uma amor encontrar
Mas quando chega à escola e vê que ninguém lhe dá bola
Lia se põe a chorar...
Seu cabelo é picado, seu colete desfiado
E uso botas de cowboy
Não tem medo de nada, anda sempre bem armada
Mas sei que seu coração dói...
Um dia Lia foi embora
Queria contar ao mundo sua história
Roupas na mala, cigarro na boca
Todos diziam essa garota é louca
Todos diziam essa garota é louca
Todos diziam essa garota é louca...

Lucy Jones
Identidade
Composição: L. Hanke / E. Dolzan / E. Solano
Lucy Jones quer ser especial
Anda na rua com seu sexy groove total
Lucy faz teatro para os seus pais
Pois adora a noite e festas legais
Lucy tem um charme irresistível
Só compra roupas caras pra ser invencível
Lucy faz teatro para os seus pais
Pois adora a noite e festas legais
Lucy Jones, Lucy Jones...
Lucy Jones quer ser especial
Anda na rua com seu sexy groove total
Lucy tem muitos fetiches
Algema máscara e strip

Indecisão
Seu Cuca
Em plena madrugada
Nós dois na hora errada
Brincando de passado
Recordar é viver
Você está me olhando
E eu aqui pensando
Que amanhã é certo
A gente se arrepender
É sempre assim
Conta pra mim
Porque a nossa história nunca tem um fim?
Beijar você
Ou te perder
Me responda agora o que eu vou fazer
É sempre essa vontade
De ver o lado errado
Porque a gente nunca se despede de vez?
Você está me querendo
E eu estou me perdendo
E os dois estão devendo
Nessa insensatez
É sempre assim
Conta pra mim
Porque a nossa história nunca tem um fim?
Beijar você
Ou te perder
Me responda agora o que eu vou fazer
Indecisão
Você me fez
Querer te ter só mais uma vez

O Seu Lugar
Seu Cuca
Composição: James Lima
Assim que você encontrar o seu lugar
Guarde embaixo do solo suas mágoas
E deixe secar as velhas lágrimas sem dó
Só o tempo desfaz suas marcas
Ver você
Assim
Sem noção do seu lugar
Cê vai me torturar assim?
Pra que jogar
Se eu já decorei suas cartas
Me deixe mostrar o meu retrato sobre o seu
Pra revelar onde estão minhas falhas
Ver você
Assim
Sem noção da falta que faz o seu olhar
E é você quem faz o meu viver
Quando segue de volta pra casa
Um velho sonho sobe a escada da minha morada
E abre os olhos claros e sorri pra mim
Seus passos são compassos da minha balada
E eu sei
Que é assim
Seu lugar é ao lado meu
Até o fim
Assim que você encontrar o seu lugar
Guarde embaixo do solo suas mágoas
E deixe secar as velhas lágrimas sem dó
Só o tempo desfaz suas marcas
Ver você
Assim
Sem noção da falta que faz o seu olhar
E é você quem faz o meu viver
Quando segue de volta pra casa
Um velho sonho sobe a escada da minha morada
E abre os olhos claros e sorri pra mim
Seus passos são compassos da minha balada
E eu sei
Que é assim
Seu lugar é ao lado meu
Um velho sonho sobe a escada da minha morada
E abre os olhos claros e sorri pra mim
Seus passos são compassos da minha balada
E eu sei
Que é assim
Seu lugar é ao lado meu
E eu sei
Que é assim
Seu lugar é ao lado meu
Até o fim

terça-feira, 30 de novembro de 2010

.) Umas, muitas, poucas, que importam?




Como dia 2 de dezembro é a minha formatura e não poderei postar, adianto uma imagem de uma festa que acontecerá neste mesmo dia, pena! se não tivesse esta formatura iria nela certamente, a Banda Dinartes é boa mesmo assim como os outros que vão tocar...


O Grande Barato da Vida


O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.

Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem. 2009 foi um ano cheio.

Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões.
Normal.

Às vezes se espera demais das pessoas.
Normal.

A grana que não veio o amigo que decepcionou o amor que acabou.
Normal.

2010 não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigam perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos. Ou mude de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.

O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa prá esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar
contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.

Desejo para todo mundo esse olhar especial.
2009 pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2010 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!!

(Carlos Drumond de Andrade)



Amigos são como Música

"Amigos são como músicas você já percebeu?"

Eles entram na vida da gente e deixam sinais.
Como a sonoridade do vento ao final da tarde.
Como os ataques de guitarras e metais presentes em cada clarão da manhã.
Amigo é a pessoa que está ao seu lado e você vai descobrir, olhando no disco do olhar.
Procure escutar:

Amigos foram compostos para serem ouvidos,
sentidos, compreendidos, interpretados.
Para tocarem nossas vidas com a mesma força do
instante em que foram criadas, para tocarem suas
próprias vidas com toda essa magia de serem músicas.

E de poderem alçar todos os vôos, de poderem
cumprir todas as notas, de poderem cumprir, afinal, o sentido que a eles foi dado pelo compositor.

Amigos são pessoas especiais.

Amigo têm que fazer sucesso...
Mesmo que não estejam nas paradas;
Mesmo que não toquem no rádio.

Acredite em você

A vida coloca em nossos destinos pessoas e obstáculos,
A cada obstáculo uma surpresa, as vezes estas surpresas são desagradáveis
Basta saber lidar com esta situação e daremos a volta por cima.

As pessoas que passam pelo nosso caminho deixam marcas,
Algumas deixam marcas inesquecíveis e agradáveis de se lembrar
E outras deixam marcas de dor e sofrimento, mas é só encará-las de frente.

Superar situações é sinal de força e coragem,
Mas às vezes começamos a nos decepcionar sem tentar superá-las
E nos damos por vencidos, mas levante a cabeça e encare todas elas com
justiça e sabedoria.

As vezes pensamos em desistir de tudo e de todos, e nos entregar de corpo e
alma a uma pessoa,
Mas pense bem, será que esta pessoa merece todo este sacrificio?
Não haja por impulso, sempre pare, pense e reflita, com calma, justiça e
sabedoria.

Não deixe de lutar pelos seus ideais e pro tudo aquilo que você acha que é o
certo a fazer...
Nunca magoe uma pessoa, pois depois você pode ser magoado...
Nunca deixe a inveja, mentira e ambição tomarem conta de você,
lute contra as coisas que vão causar dor e sofrimento...

Lembre-se sempre a vida é para ser vivida com cuidado e sabedoria,
Aproveite para fazer as pazes com as pessoas que você teve algum
desentendimento
E nunca esqueça que você é a peça fundamental para fazer um mundo melhor
para se viver..
E a vida também é construída por você,


O Tempo.
O Momento.
A Vida.
Três palavras de simples entendimento
para alguns, e muito complexamente
interpretada pelos outros.
Posso classificar-me, no grupo
"outros".
O Tempo passa corrido. Quando menos
esperamos, algo que parecia estar
tão distante e tão confuso, tornam-se,
repentinamente,
muito próximo, muito exclarecido.
Eu não entendo o Tempo.
O Momento é o agora. O presente.
Uma coisa instantanea que se revela
naturalmente ao abrir de nossos olhos;
no ar que respiramos. Esse, tem de
ser bem aproveitado e curtido.
Afinal, não sabemos o que seremos amanhã.
Eu não entendo o Momento.
A Vida. O que posso conceituar sobre a vida...
Emoções. Paixões. Sofrimentos. Alegrias.
Lágrimas. Perdão. Saudades. Amor.
Essa, é uma graça que recebemos,
e cabe a nós construí-la e
realmente vivê-la intesamente, como
se fosse o último Tempo,
o último Momento.
Eu não entendo a Vida.
Definitivamente,
eu não me entendo.

Acredite nisso e brilhe,
por amor a você e a quem o criou.
Construa, viva, conquiste,
não aceite as derrotas, os "nãos”!
O impossível é apenas uma força te convidando para realizar.
Acredite!


Não quero que alguém seja igual a mim
Porque quero ser a única pessoa do jeitinho que sou para alguém.
Não posso pretender que todas as pessoas gostem de mim
Mas posso imaginar que algumas gostem
E talvez um sorriso meu possa fazer pelo menos que uma dessas pessoas sorria também!
Quero fechar meus olhos e pensar em alguém
E imaginar que alguém pensa em mim.
Quero ser um pedacinho do mundo de alguém e saber que esse alguém precisa de mim e que sou importante e que talvez sem mim a vida não fique tão boa.
Quero ter certeza que apesar das minhas burrices e loucuras alguém gosta de mim como eu sou!
Quero conseguir só lembrar das coisas boas que alguém possa ter feito pra mim e procurar não me lembrar das ruins
Não quero brigar com o mundo e se o mundo brigar comigo quero ter coragem de enfrentá-lo
Quero sempre poder dizer o quanto alguém é especial e importante pra mim
Quero poder acreditar que mesmo que hoje eu não consiga, vou conseguir um dia!


̲̅ə̲̅٨̲̅٥̲̅٦̲̅] Eu amo você Lia ̲̅ə̲̅٨̲̅٥̲̅٦̲̅]


´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´7´´´
´´´´´´¢´1´´´´´´´´´´´´´´´´´1´´ø1´
´´o$´7´´ø´ø´
´´´´7´´´´´1´´´´´17´´´
´1´´´´´1´´´´´´ø´´´´´´´´´
´´´´´´´o´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´7´1´o´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´ø´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´1´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´ø´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´´
´´´´´´´´´´´´´´´´´7´´´´´´´´´´´´´´´´´´
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Adorei saber esta notícia e estou compartilhando com vocês, espero que gostem ...


A banda californiana de hard rock System of a Down, em hiato desde maio de 2006, anunciou retorno em 2011. O grupo tem dez shows agendados para acontecer em junho, em países da Europa como Itália, Alemanha, França, Reino Unido e Suíça.

“Gostaríamos de agradecer por toda lealdade e apoio não apenas ao System of a Down, mas também aos nossos esforços solo” [...] “Não temos nenhum grande plano, vamos fazer esses shows porque queremos tocar juntos novamente como uma banda para vocês, nossos incríveis fãs”, diz o comunicado divulgado no site oficial do grupo.

Confira as datas:

2/6/2011 – Itália, Milão, Milan Fiera Arena
4/6/2011 – Alemanha, Nurnberg, Rock im Park
5/6/2011 – Alemanha, Nurburgring, Rock am Ring
6/6/2011 – França, Paris, Omnisports de Bercy
9/6/2011 – Suíça, Interlaken, Greenfield Festival
11/6/2011 – Reino Unido, Castle Donington, Download Festival
13/6/2011 – Austria, Nickelsdorf, Novarock
15/6/2011 – Alemanha, Berlim, Wuhlheide
17/6/2011 – Suécia, Gothenburg, Metaltown Festival
19/6/2011 – Finlândia, Finland, Turku, Provinssirock



Fonte: Kboing
Postado 29/11/2010 às 14:44 por Luciano Pettorini (Rádio Maisnova FM Caxias



Esta música é uma das muitas que marcam certos momentos em minha vida ...


If It's Love
Train
Composição: Pat Manohan
While everybody else is getting out of bed
I'm usually getting in it
I'm not in it to win it
And there's a thousand ways you can skin it
My feet have been on the floor
Flat like an idle singer
Remember winger
I digress
I confess you are the best thing in my life
But I'm afraid when I hear stories
About a husband and wife
There's no happy endings
No Henry Lee
But you are the greatest thing about me
(Chorus)
If it's love
And we decide that it's forever
No one else could do it better
If it's love
And we're two birds of a feather
Then the rest is just whenever
And if I'm addicted to loving you
And you're addicted to my love too
We can be them two birds of a feather
That flock together
Love, love
Got to have something to keep us together
Love, Love
That's enough for me
Took a loan on a house I own
Can't be a queen bee without a bee throne
I wanna buy ya everything
Except cologne
'cause it's poison
We can travel to Spain where the rain falls
Mainly on the plain side and sing
'cause it is we can laugh we can sing
Have ten kids and give them everything
Hold our cell phones up in the air
And just be glad we made it here alive
On a spinning ball in the middle of space
I love you from your toes to your face
(Chorous)
You can move in
I won't ask where you've been
'cause everybody has a past
When we're older
We'll do it all over again
When everybody else is getting out of bed
I'm usually getting in it
I'm not in it to win it
I'm in it for you
If it's love
And we're two birds of a feather
Then the rest is just whenever
Then the rest is just whenever
If it's love
And we decide that it's forever
No one else could do it better
And if I'm addicted to loving you
And you're addicted to my love too
We can be them two birds of a feather
That flock together
Love, love
Got to have something to keep us together
Love, love
Got to have something to keep us together
Love, love
That's enough for me

>> http://www.cifraclubnews.com.br/noticias/23476-coldplay-confirma-presenca-no-festival-rock-in-rio-em-2011.html


Coldplay confirma presença no festival Rock In Rio 4 em 2011
30/11/2010 - 17:01
Da redação, por Diego Marques
siga @cifraclub no

O Coldplay confirmou presença no Rock In Rio 4
A banda britânica Coldplay confirmou presença no festival Rock In Rio, que acontece entre o final de setembro e o começo de outubro de 2011 no Rio de Janeiro.

O grupo publicou a novidade em seu site oficial, mas não revelou a data do show no evento.

Os ingressos para o Rock In Rio já estão à venda no site oficial do festival e custam R$ 190 (R$ 95 a meia-entrada).

Até agora já foram confirmadas para o Rock In Rio as bandas Motörhead, Metallica, Angra, Sepultura, Capital Inicial, Red Hot Chili Peppers, Snow Patrol e Coheed And Cambria.

O Rock In Rio acontecerá nos dias 23, 24, 25 e 30 de setembro e 1 e 2 de outubro de 2011, no Parque Olímpico Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

.) Notícias, curiosidades, e enfins ...




Metallica bate recorde de Britney Spears durante turnê australiana
25/11/2010 - 15:32
Da redação, por Diego Marques
siga @cifraclub no

O Metallica vem ao Brasil em 2011 para o Rock In Rio
O bom e velho metal ainda consegue arrastar grandes públicos para shows. Que o diga o Metallica, que tem "metal" no nome a acabou de quebrar um recorde de público na Austrália.

A banda de James Hetfield conseguiu vender 74.225 ingressos em quatro shows na Acer Arena, em Sydney, ocorridos entre setembro e novembro deste ano. O recorde anterior pertencia a Britney Spears, que vendeu 66.247 ingressos durante turnê "Circus" de 2009 no mesmo local.

O Metallica é uma das bandas confirmadas para o 4º festival Rock In Rio no Brasil, que acontece entre o final de setembro e início de outubro de 2011 no Rio de Janeiro.


http://www.cifraclubnews.com.br/noticias/23425



http://entretenimento.br.msn.com/famosos/


Divulgação
FAMOSIDADES
MAIS: Norah Jones curte "churrasquinho na laje" de Ana Carolina

Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO - A cantora Norah Jones não perdeu a oportunidade de vir ao Brasil e está passeando bastante no Rio de Janeiro. Segundo o jornal “O Globo”, a moça foi, com um grupo de amigos, conferir a Vista Chinesa, ponto turístico localizado na Floresta da Tijuca.

A moça, que esteve em um churrasco feito pela cantora Ana Carolina, estava acompanhada também do compositor Jesse Herris. Segundo fontes, ela adorou o local.



Uma das minhas músicas preferidas do Bob Dylan, I Want You ...


I Want You
Bob Dylan
Guilty undertaker sighs
The lonesome organ grinder cries
Silver saxophone say I
I should refuse you
Cracked bells and washed out horns
Blow into my face with scorn
It's not that way
I wasn't born to lose you
I want you
I want you
I want you
So bad
Honey, I want you
Drunken politician leaps
Under the streets where mothers weep
Saviours lying fast asleep
They wait for you
And I wait for them to interrupt me
Drinking from my broken cup
And ask for me
To open up the gate for you
I want you
I want you
I want you
So bad
Honey, I want you
All my fathers, they've gone down
True love, they live without it
And all their daughters, they still put me down
Because I don't think about it
I returned to the Queen of Spades
Talked with my chambermaid
She knows that I'm not afraid to look at her
She's good to me
There's nothing she doesn't see
She knows where I would rather be
But that doesn't matter
I want you
I want you
I want you
So bad
Honey, I want you
Dancing child with his shiny suit
He spoke to me, I took his flute
No, I wasn't that cute to him
Was I?
I did it all because
He lied
Because he took you for a ride
Because time was on his side
Because I want you
I want you
I want you
So bad
Honey, I want you



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O trio norte-americano R.E.M. publicou em site oficial um link para o site "Spin" em que há um artigo contendo os detalhes do novo disco, batizado como “Collapse Into Now”. O disco, que conta com 12 faixas, está previsto para chegar às lojas no segundo trimestre de 2011.

Produzido por Jacknife Lee, o trabalho conta com colaborações de Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, a cantora Peaches e Patti Smith.

O sucessor de “Accelerate” (2008) foi gravado em diferentes estúdios em Portland, Nova Orleans, Nashville e Berlim.

A seguir as faixas de “Collapse Into Now”:

1. “Discoverer”
2. “All The Best”
3. “Uberlin”
4. “Oh My Heart”
5. “It Happened Today”
6. “Every Day Is Yours To Win”
7. “Alligator Aviator Autopilot Antimatter”
8. “Walk It Back”
9. “Mine Smell Like Honey”
10. “That Someone Is You”
11. “Me, Marlon Brando, Marlon Brando and I”
12. “Blue”



Fonte: Kboing
Postado 26/11/2010 às 15:38 por Luciano Pettorini (Rádio Maisnova FM Caxias)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

.( Luto pela Daniela ...


ツ Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se.
E que companhia nem sempre significa segurança...Aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão...E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida...E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você tem na vida...Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa…
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas...Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve
e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha...Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem
que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.
Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.
Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.
Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.
Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

-John Lennon-


Homenagem a Daniela Zir que partiu precocemente e deixou um vazio em sua família e amigos.

22.11.2010



Nas ruas de Porto Alegre
Porto Alegre, tuas ruas tem infinitas histórias
E em todas suas rotas, vejo o poeta e a poesia
O escrito e o escrevente, descrito nesta memória
Como o revoar das pombas, das torres da reitoria...
~
Quem me dera, seu eu fosse um filho de Veríssimo
Ou um neto de Quintana, bem que eu poderia ser
Para dar-te Porto Alegre, um verso muito ilustríssimo
E neles ilustrados as suas ruas, em seu lindo amanhecer...
~
Eu bem que poderia ser mais um ipê da Redenção
E num domingo de Bric, desfolhar-me na Bonifácio
Anunciando o outono, no final de mais um verão
Enfeitando de flores, as linhas deste meu prefácio...
~
E de lá iria com o vento, ou quem sabe ele eu seria
E assim eu correria pelo Guaíba, do Gasômetro à Ipanema
E assim atravessaria os morros dá Glória até a Serraria
E em Porto Alegre eu me esparramaria, como um simples poema...
~
E minhas palavras chegariam até Moinhos de Vento
E passeariam pela Goethe até findar-se na Mariante
E esboçariam em palavras, este meu grande sentimento
Depositadas em rimas, como uma flor lapidada em diamante...
~
Porto Alegre, quem me dera sê suas ruas falassem
E no adentrar da noite, suas histórias pudesse me contar
Falaria-me dos passos na madrugada, como se cantassem
As Pegadas de Bebeto Alves, nas ondas sonoras soltas no ar...
~
Há em mim um pouco do Menino Deus, andando pela Getúlio
A também um pouco do Punk, desfilando pela Osvaldo
Há todo aquele frio do vento na Andradas nas manhas de julho
E o caminho da Farrapos, do centro até São Geraldo...
~
Porto Alegre, lá me vou pela Borges seguindo a o Beira-Rio
Ou quem sabe pela Azenha, até o Olímpico Monumental
O vermelho e o azul, equilibrando-se ao teu meio-fio
Em nestas suas sendas, a história de um outro Gre-Nal...
~
Nas tuas esquinas, meninos vendem o Correio e a Zero Hora
Trazem as notícias do que foi ontem, mas não prevêem o futuro
Ah, Porto Alegre, os meus passos eu firmo em ti agora
E observo na Mauá, o detalhe de um artista pintado no muro...
~
Ah, Porto Alegre, em tuas ruas um povo que luta e protesta
Os caras pintadas, colonos sem terra, professores e suas sinetas
Também há comemoração, tri-legal tuas ruas sempre abertas
Magia simples, casas antigas, venezianas nas venetas...
~
Porto Alegre, quem me dera morrer, e assim virar poeira
Esparramando-me pelas solas dos sapatos, nas noites sem lua
Assim estaria nos seus caminhos planos, até em suas ladeiras
E me eternizaria feliz, nos ladrilhos de suas ruas...
Marco Ramos
Publicado no Recanto das Letras em 03/06/2005
Código do texto: T21769

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Mestres: Grandes Poetas | Citações | Poemas de Amigos | Poesia Temática

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Mario Quintana


Fere de leve a frase... E esquece... Nada
Convém que se repita...
Só em linguagem amorosa agrada
A mesma coisa cem mil vezes dita.

Mario Quintana

PROJETO DE PREFÁCIO

Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.

Mario Quintana

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana - Espelho Mágico


AH! OS RELÓGIOS

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

Mario Quintana - A Cor do Invisível

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!

Mario Quintana - Espelho Mágico

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana

O SILÊNCIO

Convivência entre o poeta e o leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, n ão quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio...

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

EU ESCREVI UM POEMA TRISTE

Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!

Mario Quintana - A Cor do Invisível

SINÔNIMOS

Esses que pensam que existem sinônimos, desconfio que não sabem distinguir as diferentes nuanças de uma cor.

Mario Quintana (Caderno H)

CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Mario Quintana

POEMA

Mas por que datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos...

Mario Quintana (Caderno H)

RECORDO AINDA

Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...

Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...

Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:

Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...

Mario Quintana

O TRÁGICO DILEMA

Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

Mario Quintana (Caderno H)

BILHETE

Se tu me amas,
ama-me baixinho.

Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.

Deixa em paz a mim!

Se me queres,
enfim,

.....tem de ser bem devagarinho,
.....amada,

.....que a vida é breve,
.....e o amor
.....mais breve ainda.

Mario Quintana

OS POEMAS

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo

SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mario Quintana ( In: Esconderijo do tempo)

O amor é quando a gente mora um no outro.

Mario Quintana

SIMULTANEIDADE

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo! Eu creio em Deus! Deus é um absurdo! Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo (Poesia Completa, p. 535)

ESPELHO

Por acaso, surpreendo-me no espelho:
Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? (...)
Parece meu velho pai - que já morreu! (...)
Nosso olhar duro interroga:
"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.
Lentamente, ruga a ruga... Que importa!
Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra,
Mas sei que vi, um dia - a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste...

Mario Quintana

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão
de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

A RUA DOS CATAVENTOS

Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.

Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.

Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arracar a luz sagrada!

Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!

Mario Quintana

CLAREIRAS

Se um autor faz você voltar atrás na leitura, seja de um período ou de uma simples frase, não o julgue profundo demais, não fique complexado: o inferior é ele.

A atual crise de expressão, que tanto vem alarmando a velha-guarda que morre mas não se entrega, não deve ser propriamente de expressão, mas de pensamento. Como é que pode escrever certo quem não sabe ao certo o que procura dizer?

Em meio à intrincada selva selvaggia de nossa literatura encontram-se às vezes, no entanto, repousantes clareiras. E clareira pertence à mesma família etimológica de clareza... Que o leitor me desculpe umas considerações tão óbvias. É que eu desejava agradecer, o quanto antes, o alerta repouso que me proporcionaram três livros que li na última semana: Rio 1900 de Brito Broca, Fronteira, de Moysés Vellinho e Alguns Estudos, de Carlos Dante de Moraes.

Porque, ao ler alguém que consegue expressar-se com toda a limpidez, nem sentimos que estamos lendo um livro: é como se o estivéssemos pensando.

E, como também estive a folhear o velho Pascall, na edição Globo, encontrei providencialmente em meu apoio estas palavras, à pág. 23 dos Pensamentos:

"Quando deparamos com o estilo natural, ficamos pasmados e encantados, como se esperássemos ver um autor e encontrássemos um homem".

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

PEQUENO ESCLARECIMENTO

Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês.

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

POEMA DA GARE DE ASTAPOVO

O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos
E foi morrer na gare de Astapovo!
Com certeza sentou-se a um velho banco,
Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso
Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo
Contra uma parede nua...
Sentou-se ...e sorriu amargamente
Pensando que
Em toda a sua vida
Apenas restava de seu a Gloria,
Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas
Coloridas
Nas mãos esclerosadas de um caduco!
E entao a Morte,
Ao vê-lo tao sozinho aquela hora
Na estação deserta,
Julgou que ele estivesse ali a sua espera,
Quando apenas sentara para descansar um pouco!
A morte chegou na sua antiga locomotiva
(Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)
Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,
E quem sabe se ate não morreu feliz: ele fugiu...
Ele fugiu de casa...
Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...
Não são todos que realizam os velhos sonhos da infância!

Mario Quintana

I

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

Mario Quintana - A Rua dos Cataventos

DO ESTILO

O estilo é uma dificuldade de expressão.

Mario Quintana (Caderno H)

OBSESSÃO DO MAR OCEANO

Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas... e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.

Mario Quintana - O Aprendiz de Feiticeiro

DA OBSERVAÇÃO

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

Mario Quintana - Espelho Mágico

DOS MUNDOS

Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.

Mario Quintana - Espelho Mágico

DA DISCRIÇÃO

Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...

Mario Quintana - Espelho Mágico

A VERDADEIRA ARTE DE VIAJAR

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

Mario Quintana - A verdadeira cor do invisível

O MAPA

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Mario Quintana - Apontamentos de História Sobrenatural

OS DEGRAUS

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

Mario Quintana - Baú de Espantos

DESTINO ATROZ

Um poeta sofre três vezes: primeiro quando ele os sente, depois quando ele os escreve e, por último, quando declamam os seus versos.

Mario Quintana (Caderno H)

POEMINHA SENTIMENTAL

O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
As andorinhas é que mudam.

Mario Quintana - Preparativos de Viagem

SEMPRE QUE CHOVE

Sempre que chove
Tudo faz tanto tempo...
E qualquer poema que acaso eu escreva
Vem sempre datado de 1779!

Mario Quintana - Preparativos de Viagem

INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE CEMITÉRIO

Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

Mario Quintana - A Cor do Invisível

O PIOR

O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.

Mario Quintana - Caderno H

EXAME DE CONSCIÊNCIA

Se eu amo o meu semelhante? Sim. Mas onde encontrar o meu semelhante?

Mario Quintana - Caderno H

A GRANDE SURPRESA

Mas que susto não irão levar essas velhas carolas se Deus existe mesmo...

Mario Quintana - Caderno H

EVOLUÇÃO

O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro.

Mario Quintana - Caderno H

MÚSICA

O que mais me comove em música
São estas notas soltas
- pobres notas únicas -
Que do teclado arranca o afinador de pianos.

Mario Quintana

URBANÍSTICA

Como seriam belas as estátuas equestres se constassem apenas dos cavalos!

Mario Quintana

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mario Quintana

PRESENÇA

É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
as folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.

Mario Quintana

DA INQUIETA ESPERANÇA

Bem sabes Tu, Senhor, que o bem melhor é aquele
Que não passa, talvez, de um desejo ilusório.
Nunca me dê o Céu... quero é sonhar com ele
Na inquietação feliz do Purgatório.

Mario Quintana

DOS NOSSOS MALES

A nós bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais...

Mario Quintana

TROVA

Coração que bate-bate...
Antes deixes de bater!
Só num relógio é que as horas
Vão passando sem sofrer.

Mario Quintana

DOS MILAGRES

O milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou luz ao cego, ou eloquência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!

Mario Quintana

DAS ESCOLAS

Pertencer a uma escola poética é o mesmo que ser condenado à prisão perpétua.

Mario Quintana (Caderno H)

ESPERANÇA

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mario Quintana

CUIDADO

A poesia não se entrega a quem a define.

Mario Quintana (Caderno H)

SE EU FOSSE UM PADRE

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
- muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma
... a um belo poema - ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!

Mario Quintana

CARTAZ PARA UMA FEIRA DO LIVRO

Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem.

Mario Quintana (Caderno H)

VERSO AVULSO

...O luar é a luz do sol que está dormindo...

Mario Quintana

(Mario Quintana - Poesia Completa
Da Preguiça como Método de Trabalho
Editora Nova Aguilar
p. 672)

A SAUDADE

A saudade é o que faz as coisas pararem
no Tempo.

Mario Quintana

(Mario Quintana - Poesia Completa
Preparativos de Viagem
p. 773)

O BERÇO E O TERREMOTO

Os versos, em geral, são versos de embalar, como eu às vezes os tenho feito, não sei se por simples complacência... ou pura piedade.

Contudo, os verdadeiros versos não são para embalar - mas para abalar.

Mesmo a mais simples canção, quando a canta um Camela Lorca, desperta-te a alma para um mundo de espanto.

Mario Quintana

(Mario Quintana - Poesia Completa
Caderno H
Editora Nova Aguilar
p. 334)

BIOGRAFIA

Era um grande nome — ora que dúvida! Uma verdadeira glória. Um dia adoeceu, morreu, virou rua... E continuaram a pisar em cima dele.

Mario Quintana (Caderno H)

CANÇÃO DE BARCO E DE OLVIDO

Para Augusto Meyer

Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.

Ai esquinas esquecidas...
Ai lampiões de fins de linha...
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?

Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares...
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares...

No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.

Mario Quintana (Canções)

ARTE POÉTICA

Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.

Mario Quintana (Caderno H)

XII

Para Érico Veríssimo

O dia abriu seu pára-sol bordado
De nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
Mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.

Depois surgiu, no céu azul arqueado,
A Lua - a Lua! - em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
Parou, ficou a olhá-la admirado...

Pus meus sapatos na janela alta,
Sobre o rebordo... Céu é que lhes falta
Pra suportarem a existência rude!

E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
Que são dois velhos barcos, encalhados
Sobre a margem tranqüila de um açude...

Mario Quintana (A Rua dos Cataventos)

A ARTE DE LER

O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.

Mario Quintana (Caderno H)

O AUTO-RETRATO

No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

Mario Quintana (Apontamentos de História Sobrenatural)

A CARTA

Quando completei quinze anos, meu compenetrado padrinho me escreveu uma carta muito, muito séria: tinha até ponto-e-vírgula! Nunca fiquei tão impressionado na minha vida.

Mario Quintana (Caderno H)

O MORTO

Eu estava dormindo e me acordaram
E me encontrei, assim, num mundo estranho e louco...
E quando eu começava a compreendê-lo
Um pouco,
Já eram horas de dormir de novo!

Mario Quintana (Apontamentos de História Sobrenatural)

A COISA

A gente pensa uma coisa, acaba escrevendo outra e o leitor entende uma terceira coisa... e, enquanto se passa tudo isso, a coisa propriamente dita começa a desconfiar que não foi propriamente dita.

Mario Quintana (Caderno H)

A CANÇÃO DA VIDA

A vida é louca
a vida é uma sarabanda
é um corrupio...
A vida múltipla dá-se as mãos como um bando
de raparigas em flor
e está cantando
em torno a ti:
Como eu sou bela
amor!
Entra em mim, como em uma tela
de Renoir
enquanto é primavera,
enquanto o mundo
não poluir
o azul do ar!
Não vás ficar
não vás ficar
aí...
como um salso chorando
na beira do rio...
(Como a vida é bela! como a vida é louca!)

Mario Quintana (Esconderijos do Tempo)

AS INDAGAÇÕES

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

Mario Quintana (Caderno H)

OS ARROIOS

Os arroios são rios guris...
Vão pulando e cantando dentre as pedras.
Fazem borbulhas d'água no caminho: bonito!
Dão vau aos burricos,
às belas morenas,
curiosos das pernas das belas morenas.
E às vezes vão tão devagar
que conhecem o cheiro e a cor das flores
que se debruçam sobre eles nos matos que atravessam
e onde parece quererem sestear.
Às vezes uma asa branca roça-os, súbita emoção
como a nossa se recebêssemos o miraculoso encontrão
de um Anjo...
Mas nem nós nem os rios sabemos nada disso.
Os rios tresandam óleo e alcatrão
e refletem, em vez de estrelas,
os letreiros das firmas que transportam utilidades.
Que pena me dão os arroios,
os inocentes arroios...

Mario Quintana (Baú de Espantos)

ARS LONGA

Um poema só termina por acidente de publicação ou de morte do autor.

Mario Quintana (Caderno H)

EU QUERIA TRAZER-TE UNS VERSOS MUITO LINDOS

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Mario Quintana (Quintana de Bolso)

A VOZ

Ser poeta não é dizer grandes coisas, mas ter uma voz reconhecível dentre todas as outras.

Mario Quintana (Caderno H)

CARTA

Meu caro poeta,

Por um lado foi bom que me tivesses pedido resposta urgente, senão eu jamais escreveria sobre o assunto desta, pois não possuo o dom discursivo e expositivo, vindo daí a dificuldade que sempre tive de escrever em prosa. A prosa não tem margens, nunca se sabe quando, como e onde parar. O poema, não; descreve uma parábola tracada pelo próprio impulso (ritmo); é que nem um grito. Todo poema é, para mim, uma interjeição ampliada; algo de instintivo, carregado de emoção. Com isso não quero dizer que o poema seja uma descarga emotiva, como o fariam os românticos. Deve, sim, trazer uma carga emocional, uma espécie de radioatividade, cuja duração só o tempo dirá. Por isso há versos de Camões que nos abalam tanto até hoje e há versos de hoje que os pósteros lerão com aquela cara com que lemos os de Filinto Elísio. Aliás, a posteridade é muito comprida: me dá sono. Escrever com o olho na posteridade é tão absurdo como escreveres para os súditos de Ramsés II, ou para o próprio Ramsés, se fores palaciano. Quanto a escrever para os contemporâneos, está muito bem, mas como é que vais saber quem são os teus contemporâneos? A única contemporaneidade que existe é a da contingência política e social, porque estamos mergulhados nela, mas isto compete melhor aos discursivos e expositivos , aos oradores e catedráticos. Que sobra então para a poesia? - perguntarás. E eu te respondo que sobras tu. Achas pouco? Não me refiro à tua pessoa, refiro-me ao teu eu, que transcende os teus limites pessoais, mergulhando no humano. O Profeta diz a todos: "eu vos trago a verdade", enquanto o poeta, mais humildemente, se limita a dizer a cada um: "eu te trago a minha verdade." E o poeta, quanto mais individual, mais universal, pois cada homem, qualquer que seja o condicionamento do meio e e da época, só vem a compreender e amar o que é essencialmente humano. Embora, eu que o diga, seja tão difícil ser assim autêntico. Às vezes assalta-me o terror de que todos os meus poemas sejam apócrifos!

Meu poeta, se estas linhas estão te aborrecendo é porque és poeta mesmo. Modéstia à parte, as disgressões sobre poesia sempre me causaram tédio e perplexidade. A culpa é tua, que me pediste conselho e me colocas na insustentável situação em que me vejo quando essas meninas dos colégios vêm (por inocência ou maldade dos professores) fazer pesquisas com perguntas assim: "O que é poesia? Por que se tornou poeta? Como escrevem os seus poemas?" A poesia é dessas coisas que a gente faz mas não diz.

A poesia é um fato consumado, não se discute; perguntas-me, no entanto, que orientação de trabalho seguir e que poetas deves ler. Eu tinha vontade de ser um grande poeta para te dizer como é que eles fazem. Só te posso dizer o que eu faço. Não sei como vem um poema. Às vezes uma palavra, uma frase ouvida, uma repentina imagem que me ocorre em qualquer parte, nas ocasiões mais insólitas. A esta imagem respondem outras. Por vezes uma rima até ajuda, com o inesperado da sua associação. (Em vez de associações de idéias, associações de imagem; creio ter sido esta a verdadeira conquista da poesia moderna.) Não lhes oponho trancas nem barreiras. Vai tudo para o papel. Guardo o papel, até que um dia o releio, já esquecido de tudo (a falta de memória é uma bênção nestes casos). Vem logo o trabalho de corte, pois noto logo o que estava demais ou o que era falso. Coisas que pareciam tão bonitinhas, mas que eram puro enfeite, coisas que eram puro desenvolvimento lógico (um poema não é um teorema) tudo isso eu deito abaixo, até ficar o essencial, isto é, o poema. Um poema tanto mais belo é quanto mais parecido for com o cavalo. Por não ter nada de mais nem nada de menos é que o cavalo é o mais belo ser da Criação.

Como vês, para isso é preciso uma luta constante. A minha está durando a vida inteira. O desfecho é sempre incerto. Sinto-me capaz de fazer um poema tão bom ou tão ruinzinho como aos 17 anos. Há na Bíblia uma passagem que não sei que sentido lhe darão os teólogos; é quando Jacob entra em luta com um anjo e lhe diz: "Eu não te largarei até que me abençoes". Pois bem, haverá coisa melhor para indicar a luta do poeta com o poema? Não me perguntes, porém, a técninca dessa luta sagrada ou sacrílega. Cada poeta tem de descobrir, lutando, os seus próprios recursos. Só te digo que deves desconfiar dos truques da moda, que, quando muito, podem enganar o público e trazer-te uma efêmera popularidade.

Em todo caso, bem sabes que existe a métrica. Eu tive a vantagem de nascer numa época em que só se podia poetar dentro dos moldes clássicos. Era preciso ajustar as palavras naqueles moldes, obedecer àquelas rimas. Uma bela ginástica, meu poeta, que muitos de hoje acham ingenuamente desnecessária. Mas, da mesma forma que a gente primeiro aprendia nos cadernos de caligrafia para depois, com o tempo, adquirir uma letra própria, espelho grafológico da sua individualidade, eu na verdade te digo que só tem capacidade e moral para criar um ritmo livre quem for capaz de escrever um soneto clássico. Verás com o tempo que cada poema, aliás, impõe sua forma; uns, as canções, já vêm dançando, com as rimas de mãos dadas, outros, os dionisíacos (ou histriônicos, como queiras) até parecem aqualoucos. E um conselho, afinal: não cortes demais (um poema não é um esquema); eu próprio que tanto te recomendei a contenção, às vezes me distendo, me largo num poema que vai lá seguindo com os detritos, como um rio de enchente, e que me faz bem, porque o espreguiçamento é também uma ginástica. Desculpa se tudo isso é uma coisa óbvia; mas para muitos, que tu conheces, ainda não é; mostra-lhes, pois, estas linhas.

Agora, que poetas deves ler? Simplesmente os poetas de que gostares e eles assim te ajudarão a compreender-te, em vez de tu a eles. São os únicos que te convêm, pois cada um só gosta de quem se parece consigo. Já escrevi, e repito: o que chamam de influência poética é apenas confluência. Já li poetas de renome universal e, mais grave ainda, de renome nacional, e que no entanto me deixaram indiferente. De quem a culpa? De ninguém. É que não eram da minha família.

Enfim, meu poeta, trabalhe, trabalhe em seus versos e em você mesmo e apareça-me daqui a vinte anos. Combinado?

Mario Quintana

MARIO QUINTANA POR MARIO QUINTANA
( texto escrito pelo poeta para a revista Isto É de 14/11/1984 )

Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Há ! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai ! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas : ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a eternidade.

Nasci do rigor do inverno, temperatura : 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro – o mesmo tendo acontecido a Sir Isaac Newton ! Excusez du peu.

Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que nunca acho que escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso ! sou é caladão, instrospectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros ?

Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de fármacia durante 5 anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Veríssimo – que bem sabem ( ou souberam) , o que é a luta amorosa com as palavras.

Mario Quintana ( texto escrito pelo poeta para a revista Isto É de 14/11/1984 )

OBS: As pessoas têm me pedido muito uma poesia ("Um Dia") que a dupla de cantores sertanejos Bruno e Marrone declama no início dos seus shows, que seria do Mario Quintana, mas não é. Aliás, o próprio show se chama "Um dia" e vários jornais e sites divulgaram que foi inspirado num poema de Quintana, mas nunca vi esse poema (que acho horroroso, inclusive) em livro nenhum, só circulando pela net. Se alguém me mostrar em que livro está, me diga que altero aqui. Seguem abaixo esse e outros poemas que não parecem ser de Quintana, mas circulam pela net ("o segredo não é correr atrás das borboletas...", "Deficiências", "Felicidade Realista" e outros):

Aprenda a gostar de você... - Autor Desconhecido - Não é de Mario Quintana!

Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...
Com o passar do tempo, nossas prioridades vão mudando...
A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.
Mas, uma coisa parece estar sempre presente. a busca pela felicidade.
Desde pequenos ficamos nos perguntando:
- Quando será que vai chegar?
E a cada nova paquera, vez ou outra, nos pegamos na dúvida:
- Será que é ele?
Como diz o meu pai:
- Nessa idade tudo é definitivo.
Pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.
Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente... plaft!
Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito do próximo.
Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.
Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva.
Procura um cara formado, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.
Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.
A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta...
Mas, bom mesmo, é se divertir com as amigas (os), rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente.
Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquele cara (garota) que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem(mulher) da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!



UM DIA (ou UM DIA DESCOBRIMOS...) - Autor Desconhecido - Não é de Mario Quintana!

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela....

Um dia nós percebemos que as mulheres tem instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer...

Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...

Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...

Um dia percebemos que o comum não nos atrai...

Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom...

Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...

Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."

Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso...

Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais...

Enfim... um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas
que nos atraem, para dizer tudo o que tem que ser dito naquele momento.

Não existe hora certa para dizer o que sentimos se quem estiver te ouvindo não te compreender, não te merecer...

O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras...

Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.

Autor Desconhecido - Não é de Mario Quintana!

O TEMPO - Autor Desconhecido - Não é de Mario Quintana!

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Autor Desconhecido - Não é de Mario Quintana!

Leia aqui mais sobre os falsos quintanas

Cronologia da Vida e Obra de Mario Quintana

1906 - Nasce Mario Quintana na noite muito fria de 30 de julho, na cidade de Alegrete, Rio Grande do Sul. Ë o quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de Dona Virgínia de Miranda Quintana.

1913 - Aprende a ler no Jornal Correio do Povo. Aprende noções de francês com seus pais.

1914 - Freqüenta a Escola Elementar mista de Dona Mimi Contino.

1915 - Passa a freqüentar a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, ali concluindo o curso primário.

1919 - Ë matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato. Publica suas suas primeiras
produções literárias na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.

1924 - Deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, trabalhando com Mansueto Bernardi durante três meses .

1925 - Retorna a Alegrete, passando a trabalhar na farmácia de seu pai.

1926 - Morre sua mãe. Ë premiado em um concurso de contos do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre com o trabalho A Sétima Personagem.

1927 - Morre seu pai. Tem um poema seu publicado no Rio de Janeiro, por iniciativa do cronista Alvaro Moreyra, na revista dirigida por este, Para Todos.

1929 - Ingressa na redação do jornal O Estado do Rio Grande, dirigido por Raul Pilla, em Porto Alegre.

1930 - Inicia a colaboração para a Revista do Globo. Alista-se como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre, partindo para seis meses no Rio de janeiro.

1931 - Regressa a Porto Alegre e à redação de O Estado do Rio Grande.

1934 - Tem sua primeira tradução publicada: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini, pela Editora Globo. Começa a traduzir efetivamente para a Editora Globo. Traduz, entre outros autores: Fred Marsyat, Alessandro Varaldo, Emil Ludwig, Lin Yutang, Charles Morgan, Marcel Proust, Virginia Woolf.

1940 - É publicado A Rua dos Cataventos, livro de sonetos, pela Editora Globo, Porto Alegre. Tal é a repercussão, que vários de seus sonetos foram transcritos em antologias e livros escolares.

1943 - Começa a publicar Do Caderno H na Revista Província de São Pedro.

1946 - Publicação de Canções, poemas, pela Editora Globo, Porto Alegre.

1948 - Publicação de Sapato Florido, poesia e prosa, pela Editora Globo. Publicação de O Batalhão das Letras, Editora Globo.

1950 - Publicação de O Aprendiz de Feitiçeiro, versos, pela Editora Fronteira, Porto Alegre.

1951 - Publicação de Espelho Mágico, coleção de quartetos, que traz na orelha o comentário de Monteiro Lobato, Editora Globo.
1953 - Publicação de Inéditos e Esparsos, Editora Cadernos de Extremo Sul, Alegrete. Ingressa no jornal Correio do Povo, onde passa a publicar Do Caderno H, até 1967.

1962 - Publicação de Poesias, reunião das obras: A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, Espelho Mágico, O Aprendiz de Feiticeiro, esta primeira edição sobre os auspícios da divisão de cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul, Editora Globo.

1966 - Publicação de Antologia Poética, coletânea de poesia e outros trabalhos inéditos, organizada por Ruben Braga e Paulo Mendes Campos, pela Editora do Autor, Rio de Janeiro. No dia 25 de agosto o poeta é saudado na Sessão da Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, este recitando poema de sua autoria: Leia o Poema clicando aqui. Recebe, em dezembro, o Prêmio Fernando Chinaglia para o "melhor livro do ano", com Antologia Poética. No dia 30 de julho ( seus sessenta anos), Paulo Mendes campo publica em sua coluna na revista Manchete uma carta a Mario Quintana: "...Alguns dos teus poemas e muitos dos teus versos não precisam estar impressos em tinta e papel: eu os carrego de cores, às vezes, brotam espontaneamente de mim como se fossem meus. De certo modo, são meus, e hás de convir que a glória maior do poeta é conceder essa parcerias anônimas pelo mundo...".

1967 - Recebe o Título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, conferido pela Câmara de Veredores, ocasião em que profere as seguintes palavras: "Antes ser poeta era um agravante, depois passou a ser uma atenuante, mas diante disso, vejo que ser poeta é agora uma credencial." Passa a publicar Do Caderno H no Caderno de Sábado do Correio do Povo, até 1980.

1968 - Poeta é homenageado pela Prefeitura de sua terra natal com placa em bronze na praça principal de cidade, onde estão inscritas as suas palavras: "Um engano em bronze é um engano eterno." Morre seu irmão mais velho, Milton

1973 - Publicação Do Caderno H, coletânea selecionada pelo autor, pela Editora Globo. A respeito, diz Paulo Rónai: "Espetáculo da melhor prosa que se escreve entre nós, provam a utilidade da poesia e dos poetas.’

1975 – Publicação de Pé de Pilão, poesia infanto - juvenil, co-edição do Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC com a Editora Garatuja. Introdução de Erico Verissimo: "...Descobri outro dia que o Quintana na verdade é um anjo disfarçado de homem. Às vezes, quando ele se descuida ao vestir o casaco, suas asas ficam de fora. (Ah! Como anjo seu nome não é Mario e sim Malaquias)...".

1976 - Ao completar setenta anos de idade , recebe inúmeras homenagens. Entre elas, recebe a medalha Negrinho do Pastoreio, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Publicação de Apontamentos de História Sobrenatural, poesia, pelo Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC e Editora Globo. Publicação de Quintanares, edição - brinde de Poesias, distribuída pela MPM.

1977 - Publicação de A Vaca e o Hipogrifo pela Editora Garatuja, Porto Alegre. Recebe o Prêmio Pen Clube de Poesia Brasileira para Apontamentos de Historia do Sobrenatural.

1978 - Morre sua irmã Dona Marieta Quintana Leães. Publicação de Prosa e Verso, antologia para didática, Editora Globo. Publicação de Chew me up slowly, tradução Do Caderno H por Maria da Glória Bordini e Diane Grosklaus, pela Editora Globo e Riocell.

1979 - Publicação de Na Volta da Esquina, antologia que constitui o quarto volume da Coleção RBS - Editora Globo. Publicação, em Buenos Aires, de Objetos Perdidos Y Otros Poemas, tradução de Estela dos Santos, organizado por Santiago Kovadloff.

1980 - Publicaçào de Esconderijos do Tempo, pela L & PM Editores. Recebe o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de suas obras literárias, no dia 17 de julho. Integra, com Cecília Meireles, Vinícius de Moraes e Henriqueta Lisboa, o sexto volume da coleção didática Para gostar de Ler, publicação da Editora Ática.

1981 - Participa da Jornada de Literatura Sul - Rio-Grandense em Passo Fundo, organizada pela Universidade de Passo Fundo e 7o Delegacia de Educação. É homenageado, com Josué Guimarães e Deonísio da Silva, pela Câmara de Indústria, Comércio, Agropecuária e Serviços de Passo Fundo. Cerca de duzentas crianças entregaram botões de rosa e cravos a Mario Quintana. Recomeça a publicar Do Caderno H, agora no Caderno Letras & Livros do Correio do Povo, até 1984, quando o jornal encerra temporariamente suas atividades. Publicação de Nova Antologia Poética, pela CODECRI, Rio de Janeiro.

1982 - No dia 29 de outubro recebe o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em cerimônia realizada no salão de festas da Reitoria da Universidade.

1983 - Publicação do IV volume da coleção Os Melhores Poemas, este volume dedicado a Mario Quintana. Antologia com seleção de textos por Fausto Cunha, Global Editora, São Paulo. Lançamento da III Festa Nacional do Disco, em Canela, RS, do álbum duplo: Antologia Poética de Mario Quintana, pela gravadora Polygram. Publicação de Lili Inventa o Mundo, seleção por Mery Weiss, de textos publicados em Letras & Livros e nas obras completas do autor, pela Editora Mercado Aberto, Porto Alegre. Através de lei promulgada em 8 de julho de 1983, após aprovação por unanimidade na Assembléia Legislativa, da proposta do deputado Ruy Carlos Ostermann, o prédio do antigo Hotel Majestic, tombado como patrimônio histórico do Estado, em 1982, passa a denominar-se Casa de Cultura Mario Quintana. Desse hotel Quintana foi hóspede de 1968 a 1980.

1984 - Publicação de Nariz de Vidro, seleção de textos por Mary Weiss, Editora Moderna, São Paulo. Publicação de O Batalhão das Letras, 2º edição, Editora Globo. Lançamento de O Sapo Amarelo, Editora Mercado Aberto, na 30ª Feira do Livro de Porto Alegre.

1985 - Publicação do Álbum Quintana dos 8 aos 80, Relatório da Diretoria SAMRIG de 1985 com texto analítico e pesquisa de Tania Franco Carvalhal, fotografia de Liane Neves, ilustrações de Liana Timm e planejamento gráfico de Marilena Gonçalves.

1986 -Completa 80 anos. É lançada a coletânea 80 Anos de Poesia, organizada por Tania Carvalhal, Editora Globo. Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela UNISINOS e pela PUCRS. Publicação de Baú de Espantos, Globo. Reunião de 99 poemas inéditos (1982 a 1986).

1987 - Publicação de Da Preguiça Como Método de Trabalho, Globo, coletânea de crônicas Do Caderno H, Correio do Povo, ao longo de mais de 30 anos. Publicação de Preparativos de Viagem, Globo, Caderno de Confidências, reflexão do poeta sobre o mundo.

1988 - Lançamento de Porta Giratória, Globo, Rio de Janeiro, reunião de escritos em prosa, sobre o cotidiano, a infância, a morte, o amor e o tempo.

1989 - Lançamento de A Cor do Invisível, Globo, Rio de Janeiro. Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa, da UNICAMP e da UFRJ. É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todos o país. Promoção da Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e do jornal A Voz dos municípios fluminenses. É o 5º poeta a receber o título. Seus antecessores: Olavo Bilac, Alberto Oliveira, Olegário Mariano e Guilherme de Almeida.

1990 - Lançamento de Velório sem Defunto, poemas inéditos, pelo Mercado Aberto, Porto Alegre.

1992 - A Editora da UFRGS reedita, em edição comemorativa aos 50 anos da primeira publicação, A Rua dos Cataventos.

1993 - Tem poemas inéditos publicados no primeiro número da Revista Poesia Sempre, publicação semestral da Fundação Biblioteca Nacional/Departamento Nacional do Livro. Integra a antologia bilíngüe Marco Sul/Sur - Poesia, publicada Editora Tchê!, que reúne a poesia de brasileiros, uruguaios e argentinos. Tem seu texto Lili inventa o mundo montado para o teatro infantil, por Dilmar Messias. Treze de seus poemas são musicados pelo maestro Gil de Rocca Sales, para o recital de canto Coral Quintanares - apresentado pela Madrigal de Porto Alegre no dia 30 de julho (seu aniversário) na Casa de Cultura Mario Quintana.

1994 - Publicação de textos seus na revista literária Liberté - editada em Montreal, Quebec, Canadá - que dedicou seu 211o número de à literatura brasileira (junto com Assis Brasil e Moacyr Scliar). Publicação de Sapato Furado, pela editora FTD - antologia de poemas e prosas poéticas, infanto - juvenil. Publicação pelo IEL, de Cantando o Imaginário do Poeta, espetáculo musical apresentado no Teatro Bruno Kiefer pelo Coral da Casa de Cultura Mario Quintana, constituído de poemas de Mario Quintana musicados pelo maestro Adroaldo Cauduro, regente do mesmo Coral. Falece, no dia 5 de maio.

Elaborado por Suzana Kanter / Instituto Estadual do Livro
Autores Gaúchos 6 - Mario Quintana. 6o edição -1996



seleção de Fabio Rocha



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The summer is tragic Chegou o verão. E com ele …
Publicado em 23 outubro, 2003 por jululi
The summer is tragic
Chegou o verão. E com ele também chegam os pedágios, os congestionamentos na estrada, os bichos geográficos no pé e a empregada cobrando hora-extra.
Verão tambem é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.
Verão é picolé de Ki-suco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.
Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal, o ponto alto do verão é… a praia!!
Ah, como é bela a praia!
Os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção.
Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias.
Os jovens de jet ski atropelam os surfistas, que por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.
O verão é Brasil, é selva, é carnaval, é tribo de índio canibal.
Todo mundo nu de pele vermelha. As mulheres de tanga, os homens de calção tão justo que dá até pra ver o veneno da flecha, e todo mundo se comendo cru.
O melhor programa pra quem vai à praia é chegar bem cedo, antes do sorveteiro, quando o sol ainda está fraco e as famílias estão chegando. É muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias.
Em menos de cinqüenta minutos, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia.
E as crianças? Ah, que gracinha! Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem.
As mulheres também têm muita diversão na praia, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo.
Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar um poço pra fincar o cabo do guarda-sol.
É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé.
Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar! Aquela água tão cristalina, que dá pra ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva.
Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa.
A gente abre a esteira velha, com cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.
Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor.
Mas, claro, tudo tem seu lado bom. E à noite o sol vai embora. Todo mundo volta pra casa, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia pro próximo. O xampu acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde o creme de barbear até desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa de praia oferece.
Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo.
O dia termina com uma boa rodada de tranca e uma briga em família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo, pra que na manhã seguinte, faça aquele sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical.
(Rosana Hermann) sim, o texto é dela, apesar de algumas cópias circularem pela net como sendo do veríssimo.
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Orgulho de ser GAÚCHA

Sou gaúcho do Tchê Barbaridade

Eu sou gaúcho sim senhor, ninguém mandou ou me obrigou
Eu deveria ser gaúcho, lenço atado, bombachas, de bota, bombachas
Deus aqui me botou
Nesta querência abençoada, aqui nasci e me criei.
Ser gaúcho e coisa seria, e o de melhor que herdei.
Ser gaúcho e bom demais, por isso assim eu morrerei
Eu sou gaúcho em qualquer canto, posso até andar sem meus '' pano '‘.
Pois só meu jeito identifica, onde passo, onde chego sempre alguém grita:
'' Olha o gaúcho '', não tem engano
Eu sou gaúcho brasileiro, parte da historia farrapa
Feita de guerras não nego, são conveniências de um passado
Hoje a paz, minha bandeira, e a liberdade ,meu legado
Eu sou gaúcho sim senhor, ninguém mandou ou me obrigou
Eu deveria ser gaúcho, lenço atado, bombachas, de bota, bombachas
Deus aqui me botou
Eu sou gaúcho brasileiro, parte da historia farrapa
Feita de guerras não nego, são conveniências de um passado
Hoje a paz, minha bandeira, e a liberdade ,meu legado
Eu sou gaúcho sim senhor....eu sou gaúcho sim senhor....eu sou gaúcho sim senhor.