segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

.$ Sem palavras pra dizer que é deste post ...



Assistam a entrevista de Keith Richards do Rolling Stones, no Fantástico de 5.21.2010, surpreendente e muito boa:

>> http://www.youtube.com/watch?v=aWUHYuMhwD4

Uma das muitas músicas que eu adoro desta banda, a Rolling Stones ...


Dead Flowers
Rolling Stones
Composição: Jagger / Richards
Well when you're sitting there in your silk upholstered chair
Talkin' to some rich folk that you know
Well I hope you won't see me in my ragged company
Well, you know I could never be alone
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
Well when you're sitting back in your rose pink Cadillac
Making bets on Kentucky Derby Day
Ah, I'll be in my basement room with a needle and a spoon
And another girl can take my pain away
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave - yeah!
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the U.S. Mail
Say it with dead flowers in my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
No, I won't forget to put roses on your grave


Dead Flowers
Rolling Stones
Composição: Jagger / Richards
Well when you're sitting there in your silk upholstered chair
Talkin' to some rich folk that you know
Well I hope you won't see me in my ragged company
Well, you know I could never be alone
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
Well when you're sitting back in your rose pink Cadillac
Making bets on Kentucky Derby Day
Ah, I'll be in my basement room with a needle and a spoon
And another girl can take my pain away
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the mail
Send me dead flowers to my wedding
And I won't forget to put roses on your grave - yeah!
Take me down little Susie, take me down
I know you think you're the queen of the underground
And you can send me dead flowers every morning
Send me dead flowers by the U.S. Mail
Say it with dead flowers in my wedding
And I won't forget to put roses on your grave
No, I won't forget to put roses on your grave


Love Is Strong
Rolling Stones
Composição: Mick Jagger / Keith Richards
Love is strong
And you're so sweet
You make me hard
You make me weak
Love is strong
And you're so sweet
And some day, babe
We got to meet
A glimpse of you
Was all it took
A stranger's glance
It got me hooked
And I followed you
Across the stars
I looked for you
In seedy bars
What are you scared of, baby
It's more than just a dream
I need some time
We make a beautiful team
A beautiful team
Love is strong
And you're so sweet
And some day, babe
We got to meet
Just anywhere
Out in the park
Out on the street
And in the dark
I followed you
Through swirling seas
Down darkened woods
With silent trees
Your love is strong
And you're so sweet
You make me hard
You make me weak
What are you scared of, baby
It's more than just a dream
I need some time
We make a beautiful team
Beautiful
I wait for you
Until the dawn
My mind is ripped
My heart is torned
Your love is strong
And you're so sweet
Your love is bitter
It's taken neat
Love is strong, yeah


http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Rolling_Stones


The Rolling Stones é uma proeminente banda de rock inglesa formada em 25 de maio de 1962, e que está entre as bandas mais antigas ainda em atividade. Ao lado dos Beatles, foram considerados a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 1960, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas e que decisivamente influíram na música pop e nos costumes de sempre.
Formado por Brian Jones, Keith Richards, Mick Jagger, Bill Wyman e Charlie Watts, o grupo calcava sua sonoridade no blues. Em mais de quarenta anos de carreira, sucessos como "Wild Horses", "(I Can't Get No) Satisfaction", "Start Me Up", "Sympathy For The Devil", "Jumping Jack Flash", "Miss You" e "Angie" fizeram dos Stones uma das mais conhecidas bandas do rock mundial, levando-a a enfrentar todos os grandes clichês do gênero, desde recepções efusivas da crítica até problemas com drogas e conflito de egos, principalmente entre Jagger e Richards. Os Rolling Stones já venderam mais de 200 milhões de álbuns no mundo inteiro em sua carreira.[1]
Índice [esconder]
1 História
1.1 1960-1970
1.2 1971-1980
1.3 1981-1990
1.4 1991-2000
1.5 2001-presente
2 Integrantes
2.1 Atuais
2.2 Antigos
3 Discografia
4 Videografia
5 Turnês
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas
[editar]História

[editar]1960-1970


Os Rolling Stones em 1965. Foto: Kevin Delaney.
Tudo começou em 1960, quando os dois amigos de infância, Mick e Keith, se reencontraram em um trem na estação de Dartford, Inglaterra, [2]e descobriram um interesse em comum por blues e rock and roll. Foram convidados pelo guitarrista Brian Jones em 1962 a montar a definitiva banda de R&B branca, que se chamaria The Rolling Stones, inspirado no nome de uma canção de Muddy Waters, Rollin' Stone, cujo nome foi utilizado oficialmente, pela primeira vez, em sua apresentação no Marquee Club de Londres em 12 de julho de 1962.[3]
O pianista Ian Stewart, amigo de Brian, seria o co-fundador da banda, mas porque sua imagem pessoal não tinha o devido sex-appeal, ele seria rebaixado a gerente de palco, com direito a gravar com a banda mas não de posar como membro. Bill Wyman, que embora já vivesse da noite há muito mais tempo que os demais, seria acrescentado à banda por um motivo fútil: possuía mais de um amplificador. Em janeiro de 1963, Charlie Watts assumiria definitivamente a bateria. A boa repercussão nas apresentações ao vivo somadas à habilidade promocional de seu empresário, levou a banda a um contrato com a Decca Records (então a piada do ano por ter recusado um contrato com os Beatles). Seu empresário promove a banda com uma imagem de rebeldes e cria a pergunta: Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?.
Os primeiros singles, um cover de uma canção de Chuck Berry e Muddy Waters de cada lado, Come On/I Want To Be Loved, e uma gravação para uma composição da dupla John Lennon e Paul McCartney, I Wanna Be Your Man, foram bem aceitos. O primeiro álbum, chamado simplesmente The Rolling Stones, saiu em abril de 1964, contendo apenas uma composição de Jagger e Richards. Apenas com Tell Me (You're Coming Back), lançado em junho de 1964, é que uma composição da dupla seria lançada como lado A de um compacto. A partir daí, pouco a pouco o material próprio começou a ser valorizado, tendo em Out Of Our Heads, de 1965, o primeiro de uma série de discos basicamente de composições da dupla Jagger-Richards. É nesse ano que a banda lança seu maior hit em todos os tempos, (I Can't Get No) Satisfaction.
Com o álbum Aftermath, de 1966, a banda começaria uma fase de músicas mais longas e de arranjos mais elaborados. O flerte com o rock psicodélico e experimental teria seu ápice em Their Satanic Majesties Request, de 1967. Com Beggar's Banquet (1968) haveria a volta ao estilo mais próximo ao R&B que os fizeram famosos. São desta época dois dos maiores hits da banda, Jumpin' Jack Flash, que só saiu como compacto e a controversa Sympathy For The Devil - que Mick disse ter se inspirado em uma visita a um centro de candomblé na Bahia - música responsável pela maior parte das acusações de satanismo que a banda iria sofrer desde então.
Em 1969 Brian Jones oficialmente abandona os Stones, sendo substituído por Mick Taylor (que havia tocado com o John Mayall's Bluesbreakers). Poucos dias depois de sua saída, Brian Jones seria encontrado morto afogado na piscina de sua casa em Sussex, em circunstâncias até hoje pouco esclarecidas. Existem duas versões: que ele se afogou sob influência de drogas e álcool, ou que ele foi afogado propositalmente por um dos empreteiros contratados para fazer obras na propriedade. Entretanto, em 1993, um empreteiro conhecido como Frank, assumiu em seu leito de morte ter assassinado Brian Jones através de afogamento. Embora houvesse sido planejado muito tempo antes, dias depois a banda realizou um concerto memorável no Hyde Park, em Londres, diante de um público de 300 mil pessoas, que acabou tendo um significado especial além da apresentação do pouco conhecido novo guitarrista, Mick Taylor. O show aconteceu num palco decorado com uma enorme foto colorida e estourada de Jones. Jagger, vestido de branco, interrompeu a apresentação para ler uma passagem do poema Adonais de Percy Bysshe Shelley, em memória do amigo problemático. Enquanto mais de 3.000 borboletas brancas eram soltas do palco para a platéia emocionada. Os Stones pareciam ter chegado ao fim de uma era. Sem imaginar que a próxima tragédia estava bem próxima.
Em 6 de dezembro de 1969, o grupo chegou a Altamont, na Califórnia, para uma grande apresentação ao ar livre - com uma platéia pelo menos duas vezes maior do que a do Hyde Park. Bem antes dos Stones subirem no palco já havia problemas. A segurança do espetáculo estava sob a responsabilidade de um bando de Hell`s Angels de São Francisco, uma gangue de motoqueiros grossos e arrogantes que não sentiam nada a não ser desprezo pela multidão de mais de 500 mil hippies. Qualquer um que tentasse subir no palco era agredido e escorraçado de volta para a platéia por Angels que portavam tacos de sinuca. Durante a apresentação da banda Jefferson Airplane, que antecedeu a atração principal, fãs estavam sendo carregados para as cabanas da Cruz Vermelha em maior quantidade do que os médicos de plantão podiam dar conta. Quando os Rolling Stones finalmente foram se apresentar, a multidão ficou histérica, e os Hell`s Angels reagiram ficando ainda mais selvagens. Durante a execução de Under My Thumb no momento em que Mick finalizava a canção, um jovem hippie Meredith Hunter negro,ataca os seguranças (hells angels) que desde muito antes tratavam o público com hostilidade e violência, em contrapartida, um hell angel apunhala o jovem pelas costas, matando-o . Os Stones tinham noção de que alguma coisa havia acontecido, embora do palco fosse difícil dizer exatamente o quê. No dia seguinte é que os Rolling Stones descobriram que quatro pessoas (incluindo Meredith Hunter) haviam morrido naquele dia. Há versões de que Meredith foi agredido pelos Hell`s Angels por estar acompanhado de uma linda loira, mas ele estava armado com um revolver e o assassino, Alan Passaro, foi julgado alguns anos depois e inocentado por legítima defesa. O que aconteceu naquele dia fatídico está registrado no filme Gimme Shelter, de 1970. Ainda em 1969 os Stones lançaram Let It Bleed (título geralmente visto como sátira a Let It Be, dos Beatles, disco que de fato só seria lançado seis meses depois). Em 1970 sai Get Your Ya-Ya's Out, o primeiro disco ao vivo, com estéreo autêntico e alta fidelidade, gravado de sua apresentação no Madison Square Garden, em Nova York.
[editar]1971-1980


Nos anos 70, com o álbum Sticky Fingers, esse logo desenhado por John Pasche ficou associado à banda e desde então faz parte do merchandise do grupo.


Richards no palco em 1972.


Mick Taylor em 1972.
Em 1971 a banda passa para a Atlantic Records, que lhes permite estrear o selo próprio, Rolling Stones Records. Nesse ano a banda lança um dos seus álbuns mais curiosos, Sticky Fingers, cuja capa foi idealizada por Andy Warhol com uma foto de uma pélvis atribuída a Jagger e cujo LP original possuía um zíper que podia ser aberto e mostrava uma figura de uma cueca (a despeito da banana do álbum Velvet Underground and Nico). Esse álbum também foi o primeiro a mostrar o famoso logotipo da boca que apesar de ter sido sempre atribuído a Andy Warhol na verdade foi produzido por John Pasche.
Keith Richards encontra-se no sul da França, na mansão utilizada pelos nazistas Villa Nellecote, pelo fato de todos os Stones estarem devendo uma fortuna de imposto de renda na Inglaterra. Esse período foi considerado como o exílio dos Rolling Stones. A intenção da banda, é compor todo o novo álbum (que viria a ser Exile on Main St) para, na sequência, promover uma grande turnê pelos Estados Unidos. O faturamento da tour serviria para quitar os impostos dos Stones na terra da Rainha. Entretanto, os problemas de Keith e sua esposa, Anita Pallemberg, com as drogas acaba por atravancar os trabalhos de composição. Após várias semanas pontuadas por incidentes e trabalhos infrutíferos, Keith e Anita são acusados de tráfico de drogas e obrigados a fugir da França às pressas. A maior parte do disco é composta e gravada em Los Angeles (EUA). Antes da conclusão do trabalho, no entanto, Keith Ricards passa por um severo programa de desintoxicação na Suíça. Após a mixagem lançam, em 1972, o álbum duplo Exile on Main Street, considerado por muitos, e pelo próprio Jagger, como o melhor álbum da banda pela sua consistência, plasticidade e versatilidade dos músicos, o qual produz, entre outras, a música Tumblind Dice, obrigatória em qualquer show dos Stones até os dias de hoje.


Ronnie Wood (esquerda) e Mick Jagger (direita) cantam em 1975.
Com a excelente repercusão do disco anterior e embalados pela sua turnê de 1972/1973, os Stones entram mais uma vez no estúdio e lançam em 1973 o álbum Goats Head Soup, amplamente conhecido pelo hit Angie e pela polêmica Star Star. Interessante que a balada Waiting on a Friend foi composta e gravada durante as sessões deste álbum e lançada apenas oito anos depois no álbum Tattoo You (1981), a qual, devidamente remixada tornou-se um hit da banda, assim como a música Tops.
Em 1974 os Rolling Stones gravam o clássico It's Only Rock'n'Roll no estúdio do guitarrista Ronnie Wood (que tocava com a banda inglesa The Faces, liderada por Rod Stewart). Com a saída repentina de Mick Taylor para seguir carreira solo, Wood assume a segunda guitarra, embora só será oficialmente um membro efetivo dos Stones a partir da turne de 1975, cuja primeira apresentação com a banda ocorre em 1º de junho do mesmo ano em Baton Rouge, Lousiana, Estados Unidos, através dos acordes de Honky Tonk Women.


Jagger num palco de São Francisco, com a turnê dos Stones nos EUA.
Embora a turnê de 1975 tenha sido batizada de Tour Of The Americas pois previa, além dos Estados Unidos e Canadá, shows no Brasil - Rio de Janeiro (14 e 17/08) e São Paulo (19 e 21/08) -, México (7 e 10/08) e Venezuela (28 e 31/08), estes não ocorreram por restrições políticas dos governantes desses países, preocupados com a imagem de desordeiros e drogados que a banda poderia passar além de desagradar os respectivos regimes de governo.
Lançam, então, Black & Blue (1976), um disco mais intimista com forte participações de convidados como Billy Preston, que já havia gravado Let It Be, dos Beatles e vinha participando de todos os álbuns dos Stones desde Sticky Fingers de 1971, e Ron Wood confirmado no comando da segunda guitarra, que obtém razoável sucesso. O álbum seguinte é Love You Live (1977), um duplo ao vivo gravado na turnê européia de 1976, bastante heterogêneo e com a formação básica da banda no palco. Em (1978) lançam Some Girls que é bem mais pesado do que os últimos trabalhos. Este disco é fortemente influenciado pelo movimento punk surgido na Inglaterra no ano anterior, com temas rápidos e agressivos como Respectable e When The Whip Comes Down, embora o disco seja mais lembrado pelo seu hit à la discoteque Miss You. Mostrando a vitalidade característica até os dias de hoje, ainda no mesmo ano saem, novamente, em turnê pelos Estados Unidos e já dão mostras da tendência que por eles será magistralmente explorada nos próximos anos: enormes palcos e infra-estrutura dos shows, jamais vistas até então. Em 1980 lançam um disco mais linear, Emotional Rescue, com um hit homônimo.
[editar]1981-1990
Em 1981 a banda larga Atlantic Records e assina com a EMI. O álbum de estreia é Tatoo You, tido por muitos como o melhor álbum da banda de todos os tempos e talvez o seu único grande triunfo para esta gravadora, visto ser o de maior sucesso comercial da banda até os dias de hoje. Destacam-se inúmeros hits da banda, como a explosiva Start Me Up, obrigatória em todos os shows, e a balada Waiting On A Friend, composta inicialmente em 1973 e não lançada no disco do mesmo ano.
Com a excursão americana no mesmo ano, os Rolling Stones definitivamente inauguram a moda de shows gigantescos de duração de três horas, palcos móveis e desmontáveis e toneladas de equipamentos de som e luz. Resumindo a turnê em solo americano lançam em (1982) o álbum ao vivo Still Life (American Concert 1981) e o filme Let's Spend the Night Together, que, sob a direção do renomado Hal Ashby, mostra o vigor juvenil de Jagger e a reabilitação de Richards das drogas, além do novo formato de apresentações ao vivo.
Em meio a especulações da mídia de possível separação da banda, no final de 1983 os Stones lançam o álbum Undercover, e, alimentando ainda mais estes rumores, a banda não sai em turnê e tampouco os músicos se pronunciam a respeito, cada um elaborando trabalhos individuais e não sendo vistos juntos em nenhuma ocasião.
Ian Stewart, pianista, gerente de palco e um dos fundadores da banda, acompanhando em todos os álbuns e shows, morre em 1985 em virtude de um ataque cardíaco. Tido como o sexto Stone, é homenageado com uma faixa no álbum da banda de 1986, Dirty Work, cujo álbum também não é acompanhado de turnê.
O relacionamento entre os membros restantes da banda não era dos melhores, com desentendimentos frequentes entre Jagger e Richards. Mick Jagger envereda em uma carreira solo gravando músicas dentro do estilo Rolling Stones e causa um desentendimento sério entre ele e seu sócio Keith Richards. Especulações sobre o fim da banda duram por seis anos, embora o clima ruim não impedisse que continuassem sendo lançados álbuns de repercussão cada vez maior. Jagger, Richards, Wood, Wyman e Watts lançaram vários álbuns solo durante a década de 80 e 90.
Os Stones adentraram a década de 90 com uma nova gravadora, a CBS, em meio a rumores de que Mick Jagger e Keith Richards não podiam nem mesmo dividir uma mesma sala sem se engalfinharem. Os constantes boatos sobre a dissolução da banda ajudaram a catapultar o interesse e a expectativa da turnê e as vendas do álbum Steel Wheels (1989), tornando-a a maior da banda em todos os tempos até então. Os problemas pessoais foram colocados de lado e a banda se apresentou como nos velhos tempos, auxiliada pela habitual parafernália de palco tendo participação durante a turne,do Guns N' Roses que estava explodindo no cenário musical,como banda de abertura. Reflexo disso é o álbum Flashpoint de 1990 que traz os Stones de volta aos palcos depois de sete anos.
Foi também a partir dessa turnê que os Stones tornaram-se experts nos negócios, transformando-se em uma banda multimilionária, com administração autônoma e profissional, alcançando espaços na mídia até então nunca vistos, tendência que permitiu as sucessivas bem-sucedidas turnês seguintes e um exemplo de exposição e fixação da "marca" The Rolling Stones.
[editar]1991-2000
O outro membro original, Bill Wyman, que deixa o grupo em 1993, ainda mantém fortes ligações com a banda, à exemplo de seu pub em Londres, o Sticky Fingers, totalmente decorado com inúmeras fotos, instrumentos e discos de ouro, entre outras lembranças dos Stones. Para o seu lugar é escalado o baixista Darryl Jones, que é apenas músico contratado, não sendo considerado membro oficial.
Em 1994, após um longo período de inatividade, é lançado com grande estardalhaço o álbum Voodoo Lounge, seguido pela turnê de mesmo nome (que passou pelo Brasil). A turnê que se iniciou em 19 de julho de 1994 em Toronto, Canadá, e foi encerrada em 30 de agosto de 1995 em Rotterdam, Holanda, arrecadou em torno de US$ 400 milhões. Aproveitando a repercussão, todas as gravações da banda são relançadas em CD. O álbum de 1995, Stripped, foi mais intimista, com versões acústicas de vários de seus maiores sucessos e uma regravação gloriosa para "Like a Rolling Stone", clássico de Bob Dylan.
No ano seguinte lançam The Rock And Roll Circus, trilha sonora de um filme arquivado desde 1968. O CD inclui uma apresentação de diversos artistas, como Jethro Tull, The Who, Marianne Faithfull, então esposa de Jagger e The Dirty Mac que nada mais é que uma pré-versão da Plastic Ono Band. Essa formação incluiu, além de John Lennon e Yoko Ono, Eric Clapton, Keith Richards (no baixo) e Mitch Mitchell, baterista do The Jimi Hendrix Experience.
Ainda em 1997 sai Bridges of Babylon, com uma capa luxuosa e uma excursão mundial igualmente cara, completa, com dois palcos, um maior e outro menor instalado no meio do público. Inclui também uma ponte para a banda atravessar do palco principal para o menor, sendo que neste executam basicamente clássicos sem o acompanhamento de metais e backing vocals voltando às raízes da banda nos anos 60 e, assim, inauguram um novo estilo de apresentações que se seguiram nas turnês seguintes. Com dois shows no Brasil, um em São Paulo e o outro no Rio de Janeiro (com participação mais que especial de Bob Dylan, inclusive abrindo os shows para a banda), confirmaram o país com status de rota obrigatória. Retrato dessa turnê foi o lançamento do álbum ao vivo No Security, em 1998.
[editar]2001-presente


Ron Wood e Mick Jagger com os Rolling Stones em Viena, 2006.
Para comemorar os 40 anos do grupo, em 2002 lançam o álbum duplo Forty Licks (1962-2002) que traz, além de 36 sucessos da banda, 4 novos hits (Don't Stop, Keys To Your Love, Stealing My Heart e Losing My Touch), sendo o primeiro uma espécie de resumo da perseverança característica da banda, atingindo bastante sucesso. Em 16 de agosto do mesmo ano com um show em Toronto (Canadá) os Stones lançam uma de suas maiores turnês - a Licks Tour (detalhe para a música Heart of Stone, não tocada ao vivo desde 5 de dezembro de 1965). Esta longa turnê passou por todos os continentes do planeta, tendo sido encerrada em 9 de novembro de 2003, em Hong Kong. Mantendo o status de maior banda de rock & roll do mundo e a tradição de suas espetaculares apresentações, montam estruturas distintas e específicas para shows em arenas, estádios e teatros, além de private shows. Ao final do mesmo ano lançam o esplêndido DVD quádruplo Four Flicks, mostrando cada um dos formatos de suas apresentações e toda a vitalidade dos músicos sessentões.


Keith Richards em Hannover, 2006, durante a turnê A Bigger Bang.
Quando todos imaginavam o fim da banda, devido a um câncer na garganta do baterista Charlie Watts diagnosticado em junho de 2004 e curado em fevereiro de 2005, o vigor incansável do quarteto com ênfase às belas letras de Jagger e Richards (conhecidos como The Glimmer Twins desde os anos 70, pela ligação existente entre eles, além das lendárias histórias que protagonizaram) produz um de seus melhores álbuns de estúdio de todos os tempos. Lançado em 2005 A Bigger Bang traz uma sonoridade crua e voltada às raízes da banda: rock and roll, blues e rhythm and blues, além das pegadas das guitarras da dupla Richards/Wood, bem como para a harmônica melodiosa de Jagger, as 16 fortes canções do álbum mostram a excelência e competência de Jagger/Richards/Watts/Wood. Para a divulgação do álbum, mais uma vez iniciando em Toronto (em 10 de agosto de 2005), a banda se lança na estrada com a turnê do mesmo nome.
Em 18 de fevereiro de 2006, os Rolling Stones voltaram ao Brasil para o show da turnê A Bigger Bang. O show, gratuito, foi realizado nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, entrando para a história como o maior show da banda e um dos maiores concertos de rock de todos os tempos.


Rolling Stones no Estádio Olympia em Munique, 2006.
Após dois anos do lançamento da turnê A Bigger Bang, que passou pela América do Norte, em duas oportunidades (2005 e 2006), América do Sul (2006) e Europa (2006), os músicos dos Stones arrecadaram, até novembro de 2006, em torno de US$ 437 milhões (recorde na história da música), os Stones anunciaram, em 22 de março de 2007, uma lista de novos shows pelo velho continente, que se iniciou em 5 de junho de 2007, com uma apresentação em Werchter, Bélgica e se encerrou em 26 de agosto de 2007 em Londres, apesar de rumores de que novos shows serão realizados em 2008. Com seu encerramento, os Stones realizaram a mais longa de suas turnês mundiais, com arrecadação de US$ 560 milhões (novo recorde), e, apresentando-se para quase 6 milhões de espectadores, mostraram a inesgotável energia que os move por mais de 45 anos de estrada. Ainda em 2006, a banda teve sua música "Can't You Hear Me Knockin'" presente no game Guitar Hero 2, em versão cover, o que desapontou muitos fãs pois a voz do cantor que faz esse cover no GH2 não é nada parecida com a de Mick Jagger. Em 12 de junho de 2007, foi lançado o DVD The Biggest Bang, que contém 4 discos com mais de sete horas de shows, incluindo a integra do realizado no Rio de Janeiro, no ano anterior, bem como em Austin, Texas, e materiais dos shows de Japão, Buenos Aires e Shangai, além de entrevistas exclusivas e reveladoras com os membros da banda. Nesse mesmo ano, os Stones voltariam a ter outra música de sucesso na série Guitar Hero, desta vez a música era "Paint it, Black", presente no Guitar Hero 3 Legends of rock. Em 04 abril de 2008, estreou nos cinemais mundiais o filme The Rolling Stones Shine a Light (distribuído no Brasil pela Imagem Filmes), concebido e dirigido pelo premiado diretor Martin Scorsese - um declarado fã da banda - que, em duas apresentações no Beacon Theatre de Nova York, em novembro de 2006, com dezesseis câmeras focadas diretamente nos músicos, registrou com profundidade a bela performance da banda em um repertório levemente diferenciado das apresentações normais. Conta, ainda, com a presença de Jack White, do grupo White Stripes, da cantora Christina Aguilera e do bluesman Buddy Guy. Ainda, de forma genial mescla imagens de arquivo desde o início da banda, nos anos 60, confrontando com declarações atuais, como a pretensão de Mick Jagger em manter-se ativo aos sessenta.
[editar]Integrantes

Integrantes do The Rolling Stones ao longo do tempo


[editar]Atuais
Mick Jagger - vocal, guitarra e gaita (desde 1962)
Keith Richards - guitarra e vocal (desde 1962)
Ron Wood - guitarra (desde 1974)
Charlie Watts - bateria e percussão (desde 1963)
[editar]Antigos
Brian Jones - guitarra (1962–1969)
Mick Taylor - guitarra (1969–1974)
Bill Wyman - baixo (1962–1993)
[editar]Discografia

Ver artigo principal: Discografia de The Rolling Stones
[editar]Videografia

1966 - Charlie Is My Darling
1968 - Sympathy For The Devil
1968 - The Rolling Stones Rock And Roll Circus
1969 - The Stones In The Park
1974 - Ladies and Gentlemen: The Rolling Stones
1975 - Cocksucker Blues
1982 - Let's Spend the Night Together
1984 - Video Rewind
1989 - 25 x 5: The Continuing Adventures of The Rolling Stones
1991 - Live At The Max
1994 - Live Voodoo Lounge Souvenir Video (Giants Stadium)
1995 - Voodoo Lounge
1998 - One Plus One
1998 - Bridges To Babylon Tour 97-98
2003 - Four Flicks
2004 - Toronto Rocks
2007 - The Biggest Bang
2008 - The Rolling Stones Shine a Light
[editar]Turnês

Segue abaixo uma lista de todas as turnês realizadas pelos The Rolling Stones, e os shows realizados no Brasil:
1962 - Inglaterra
1963 - Inglaterra
1964 - Europa
1964 - Estados Unidos
1965 - Europa
1965 - Estados Unidos
1965 - Oceania
1966 - Europa
1966 - Estados Unidos
1966 - Oceania
1967 - Europa
1969 - Estados Unidos
1970 - Europa
1971 - Inglaterra (Goodbye Britain)
1972 - Estados Unidos e Canadá
1973 - Europa
1973 - Estados Unidos (Winter Tour)
1973 - Oceania (Winter Tour)
1975 - Estados Unidos e Canadá (Tour of The Americas)
1976 - Europa
1978 - Estados Unidos
1981 - Estados Unidos
1982 - Europa
1989 - Estados Unidos e Canadá
1990 - Europa
1990 - Japão
1994 - Estados Unidos (Voodoo Lounge Tour)
1995 - América do Sul e África (Voodoo Lounge Tour)
27 de janeiro - Estádio do Pacaembu, São Paulo
28 de janeiro - Estádio do Pacaembu, São Paulo
30 de janeiro - Estádio do Pacaembu, São Paulo
2 de fevereiro - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
4 de fevereiro - Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
1995 - Europa, Ásia e Oceania (Voodoo Lounge Tour)
1997 - Estados Unidos (Bridges To Babylon Tour)
1998 - América do Sul e África (Bridges To Babylon Tour)
11 de abril - Sambódromo, Rio de Janeiro
13 de abril - Ibirapuera (pista de atletismo), São Paulo
1998 - Europa, Ásia e Oceania (Bridges To Babylon Tour)
1999 - Estados Unidos (No Security Tour)
1999 - Europa, Ásia e Oceania (Bridges To Babylon Tour)
2002 - Estados Unidos (Licks Tour)
2003 - Estados Unidos (Licks Tour)
2003 - Austrália (Licks Tour)
2003 - Ásia (Licks Tour)
2003 - Europa e Oceania (Licks Tour)
2005 - Estados Unidos (A Bigger Bang Tour)
2006 - América do Sul (A Bigger Bang Tour)
18 de fevereiro - Praia de Copacabana, Rio de Janeiro (para aproximadamente 1,5 milhão de espectadores)
2006 - Europa, Ásia e Oceania (A Bigger Bang Tour)
2006 - América do Norte (A Bigger Bang Tour)
2007 - Europa (A Bigger Bang Tour)
[editar]Ver também

Lista de recordistas de vendas de discos
Invasão Britânica
Referências

↑ Holton, Kate. "Rolling Stones sign Universal album deal" (em inglês). Reuters. Thomson Reuters. 17 de janeiro de 2008. (página da notícia visitada em 17/12/2009)
↑ Keith Richards and Mick Jagger are streets ahead as Rolling Stones songs inspire road names in their hometown
↑ Wyman, Bill. Rolling With the Stones. [S.l.]: DK Publishing, 2002. pp. 36–37.
[editar]Ligações externas


O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: The Rolling Stones.
Welcome ROLLING STONES 'Good Guys' (em inglês)
Página Oficial da banda (em inglês)
Pesquisa sobre a banda (em inglês)
Pesquisa sobre Rolling Stones (em castelhano)
The Rolling Stones discografia completa (em inglês)
Rolling Stones (em inglês) no Internet Movie Database

[Expandir]
v • e
The Rolling Stones
Portal da música Portal do Reino Unido

Categorias: !Artigos a revisar sobre Rock | The Rolling Stones | Bandas de rock and roll | Bandas vencedoras do Grammy | Bandas da Inglaterra | Bandas formadas em 1962 | Recordistas de vendas de discos | Recordistas de vendas de discos nos EUA
Entrar / criar conta
Artigo
Discussão
Ler
Editar
Ver histórico


Esta página foi modificada pela última vez às 17h52min de 4 de dezembro de 2010.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Unported (CC-BY-SA); pode estar sujeito a condições adicionais.
Consulte as Condições de Uso para mais detalhes.



O músico inglês Paul McCartney publicou em seu site oficial um emocionante vídeo em agradecimento aos fãs do Brasil e da Argentina que lotaram seus cinco shows pela região no mês de novembro.

O vídeo está disponível para todos os fãs baixarem gratuitamente através do endereço www.paulmccartney.com. Com a música “Here Today” ao fundo, o vídeo mostra cenas de Paul nos shows realizados em Porto Alegre, Buenos Aires e São Paulo, além de cenas fora do palco, como a chegada do ex-Beatle ao Estádio do Morumbi, na capital paulista.

Paul McCartney se apresentou no Brasil nos dias 07, 21 e 22 de novembro, sendo que o primeiro show foi em Porto Alegre e os outros dois em São Paulo. Veja o vídeo aqui.
Postado 06/12/2010 às 08:42 por Maria Lima


ampliar foto
O rock'n'roll possuiu diversas lendas. Algumas delas surpreendem pelo simples fato de ainda estarem vivas. Ozzy Osbourne e Keith Richards são alguns exemplos. Ambos possuem um longo histórico de abuso de álcool de drogas. Por isso, suas biografias tornam-se tão interessantes.

Como Osbourne em junho deste ano, Richards lançou agora "Vida", livro no qual conta em detalhes diversas passagens de sua vida.

Da infância até sua participação em "Piratas dos Caribe - No Fim do Mundo", o músico relembra os principais acontecimentos de sua inacreditável trajetória.

Overdoses, casamentos, prisões, brigas com Mick Jagger, os momentos nos quais determinadas canções nasceram, tudo é registrado em conjunto com o jornalista James Fox.

Keith conta, também, com alguns mistérios em torno de sua figura, como troca completa de seu sangue e o boato de que teria cheirado as cinzas do seu pai.

Histórias assim repetem-se constantemente no rock, algumas mais bizarras que as outras. Algumas, no entanto, apesar de parecerem inventadas por uma mente criativa são pura verdade.

No caso dos Rolling Stones, por exemplo, quando se escuta que os Hells Angels fariam a segurança de um show já se imagina que não pode dar certo. Ainda assim isto realmente aconteceu em 1969, na cidade norte-americana de Altamont e foi registrado no filme "Gimme Shelter".

Veja abaixo trecho de "Vida", no qual Keith Richards conta o que viveu na trágica noite:

*
Altamont era estranha, especialmente porque estávamos bem cansados depois da excursão e da gravação. Sim, faremos um concerto gratuito, por que não? Muito obrigado a todos. E então o Grateful Dead ficou envolvido, nós os convidamos porque eram eles que faziam isso o tempo todo. Nós entramos em contato e perguntamos, vocês acham que dá para fazermos um show juntos nas próximas duas ou três semanas? O negócio é que Altamont não teria sido em Altamont sem a absoluta estupidez dos cabeças-duras da Câmara de San Francisco. Íamos fazer a apresentação na versão local do Central Park. Eles montaram o palco e depois tiraram a licença, a permissão e derrubaram tudo. E aí veio, ah, vocês podem ficar com esse local. Nós estávamos no Alabama, em um lugar qualquer, fazendo gravações. Assim, respondemos, deixamos isso para vocês, rapazes. Nós vamos aparecer e tocar.

Acabou que o único lugar que sobrou foi aquele autódromo em Altamont, um lugar perdido no meio do mato. Não havia segurança nenhuma, a não ser pelos Hells Angels, se é que se pode chamar aquilo de segurança. Mas era 1969 e havia uma anarquia desenfreada. Havia muito poucos policiais. Acho que vi três policiais para meio milhão de pessoas. Não duvido que mais alguns estivessem por ali, mas a presença da polícia era mínima.

No básico, era uma enorme comuna que se espalhou pelo terreno durante dois dias. Era muito medieval, na aparência e no ambiente, caras tocando sinos e cantando "haxixe, peiote". Você pode ver tudo isso em Gimme Shelter. O ápice da comuna hippie e do que pode acontecer quando as coisas dão errado. E fiquei admirado por as coisas não terem dado mais errado ainda.

Meredith Hunter foi assassinada. Outras três pessoas morreram acidentalmente. Num show daquele tamanho, a contagem de vítimas às vezes chega a quatro ou cinco, pisoteados ou sufocados. Olhe o The Who, tocando num show totalmente legal, e onze pessoas morreram. Mas em Altamont surgiu o lado negro da natureza humana, o que pode acontecer no centro da escuridão, uma descida durante algumas horas ao patamar do homem das cavernas, culpa de Sonny Barger e sua turma, os Angels. E vinho tinto ruim. Thunderbird e Ripple, as piores merdas de vinho que existem, e ácido ruim. Para mim, foi o fim do sonho. Havia uma coisa como o poder das flores, o flower power, não que a gente visse muito dele, mas já existia o ímpeto para chegar lá. E não duvido que morar em Haight-Asbury entre 1966 e 1970, e mesmo um pouco além, tenha sido muito legal. Todo mundo seguia em frente e era um jeito diferente de fazer as coisas. Mas os Estados Unidos eram muito extremados, oscilando em um minuto entre uma visão quaker da vida e o amor livre, e ainda são assim. E lá a corrente era contra a guerra, basicamente nos deixem em paz, só queremos ficar altos.

Quando Stanley Booth e Mick voltaram para o hotel, depois de termos percorrido a pé o terreno em Altamont, eu resolvi ficar. Era um ambiente interessante. Não vou voltar para o Sheraton e então vir para cá amanhã. Vou ficar aqui enquanto durar. Era o que eu sentia. Tenho tantas horas para me afinar com o que está acontecendo aqui. Era fascinante. Dava para sentir no ar, qualquer coisa podia acontecer. Sendo a Califórnia o que é, era muito bonito durante o dia. Mas, logo que o sol se pôs, ficou muito frio. E aí um inferno de Dante começou a borbulhar. Havia gente, hippies, tentando desesperadamente ser legais. Havia quase um desespero com relação ao amor e à aproximação, tentando fazer com que funcionasse, tentando fazer com que se sentissem bem.
Foi aí que os Angels, com toda certeza, não ajudaram nada. Eles tinham sua própria agenda, que era basicamente tirar daquilo o máximo possível. Dificilmente poderiam ser chamados de uma força organizada. Alguns daqueles caras estavam com os olhos rolando, mastigando os lábios. E houve a provocação deliberada de estacionar as motocicletas em frente ao palco. Porque parece que você não pode tocar numa moto de um Angel. É totalmente proibido. Eles montaram uma barreira com as suas Harleys e desafiaram as pessoas a tocá-las. E, com as pessoas sendo pressionadas para a frente pela multidão, isso se tornou inevitável. Se você assistiu Gimme Shelter, o rosto de um Angel conta toda a história. Ele está espumando pela boca, tem tatuagens, está vestido de couro e usa rabo de cavalo. Está só esperando alguém tocar na sua moto para começar a trabalhar. Eles estão muito bem equipados, têm porretes e todos carregam facas, naturalmente. Faço isso também. Mas mostrá-las e usá-las é outra coisa. É o último recurso.

Quando escureceu e entramos no palco, a atmosfera ficou lúgubre e sombria. Stu, que estava lá, disse: "Está começando a ficar perigoso, Keith". Respondi que íamos ter que enfrentar a situação. A multidão era muito grande e só podíamos enxergar o que ficava próximo do nosso círculo imediato, pois as luzes estavam batendo em nossos olhos, como sempre acontece com as luzes do palco. Estávamos praticamente meio cegos e não era possível ver e discernir tudo o que se passava. Só podíamos cruzar os dedos.

O que poderíamos ter feito? Os Stones estavam tocando, com o que eu podia ameaçá-los? "Paramos de tocar", eu disse. "Acalmem-se ou não tocamos mais." Qual é a vantagem de arrastar sua bunda o caminho inteiro e não ver nada? Mas naquela altura, algumas coisas já estavam em movimento.

Não passou muito tempo antes que a merda fosse jogada no ventilador. No filme, você pode ver Meredith Hunter agitando um revólver e pode ver as facadas. Ele está com um paletó verde-limão e chapéu. Também espumava pela boca, estava tão doido quanto os outros. Porque agitar um berro na frente dos Angels era a mesma coisa que, bem, era o que eles estavam esperando! Foi o estopim. Duvido que a arma estivesse carregada, mas ele queria chamar a atenção. No lugar errado e na hora errada.

Quando aconteceu, ninguém percebeu que ele tinha morrido. O show continuou. Gram também estava lá, estava tocando naquele dia com os Burritos. Nos metemos todos num helicóptero superlotado. Graças a Deus saímos de lá, porque foi apavorante, mesmo estando acostumados a fugas que davam medo. Esta foi somente numa escala maior e num lugar que não conhecíamos. Mas não foi pior do que escapar do Empress Ballroom em Blackpool. De fato, se não fosse pelo assassinato, podíamos até ter achado que as coisas estavam tranquilas, embora por pouco. Foi a primeira vez que tocamos "Brown sugar" ao vivo - um batismo infernal, na confusão de uma noite na Califórnia. Só soubemos o que tinha acontecido quando voltamos ao hotel, mais tarde ou mesmo na manhã seguinte.

*
Vida
Autor: Keith Richards
Editora: Globo
Páginas: 640
Quanto: R$ 49,90


Fonte: UOL
Postado 06/12/2010 às 14:57 por Luciano Pettorini (Rádio Maisnova FM Caxias)

já dizia @bobagento no twitter: "CuidAIDS com suas amizAIDS."

Nenhum comentário: