segunda-feira, 19 de março de 2012

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Projeto de expansão de cursos de Medicina enfrenta resistência
Entidades de médicos dizem que problema não é a carência de profissionais, mas a concentração deles nas capitais

Priscilla Borges, iG Brasília | 15/03/2012 14:29

Com o objetivo de aumentar a quantidade de médicos no País, os ministérios da Educação e Saúde prepararam um projeto de criação de vagas em cursos de Medicina que levaria o Brasil a uma relação de 2,5 médicos para cada 1 mil habitantes. Para colocá-lo em prática, além do aval da presidenta Dilma Rousseff, precisarão vencer resistências de entidades do setor e de estudantes que entendem que não há carência de profissionais, mas apenas uma má distribuição deles.



Na faculdade de Medicina da UnB, não há espaço físico ou materiais para novas turmas do curso
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No Brasil, de acordo com dados registrados pelo Conselho Federal de Medicina em 2011, há atualmente 1,95 médicos por cada 1 mil habitantes, relação inferior à de países como Estados Unidos (2,4) e Argentina (3,0). A maioria dos profissionais está concentrada nas capitais e grandes cidades.

“Não há estudo metodológico que comprove a necessidade de médicos no Brasil. O que precisamos é de uma carreira melhor, que motive os profissionais a ficarem no interior, e de médicos melhores”, comenta Dalvélio Madruga, conselheiro da Comissão de Ensino Médio do CFM. “Não é abrindo mais vagas que isso vai se resolver”, diz.

A proposta, segundo o ministro da Educação Aloizio Mercadante, é criar vagas nas universidades federais, auxiliar as estaduais e incentivar o setor privado a oferecerem novas graduações. Afinado com a preocupação das entidades médicas, o MEC garante que os câmpus das instituições no interior e os Estados mais carentes de profissionais seriam privilegiados com mais cursos de Medicina. O ministro também diz que a expansão não vai prejudicar a qualidade da formação, outro receio dos médicos.

Leia também: Plano prevê a criação de 2,5 mil vagas de Medicina

Diferentes entidades ouvidas pelo iG defendem a criação de uma carreira federal, à semelhança do que ocorre hoje com os juízes. “Assim, o médico iria para uma cidade muito pequena, com condições de acesso à educação e a serviços precárias, sabendo que depois de cinco anos, por exemplo, ele pode migrar para um lugar melhor”, pondera o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso.

Salários mais altos e melhores condições de trabalho também estão entre aspectos considerados fundamentais para atrair jovens para cidades menores e, principalmente, para o serviço público. “O médico é mal remunerado e não tem condição de trabalhar em algumas cidades, que não oferecem exames simples, como hemograma ou internet. Essa é a causa da má distribuição dos médicos pelo País”, opina Cardoso.

Reserva de mercado?

Há quem acuse as entidades de classe de serem contra o aumento de vagas por defenderem uma reserva de mercado. Edson Duarte, 20 anos, está no 5º semestre do curso e acredita que essa pode ser uma parte da explicação. Com esse argumento, ele não concorda. Para ele, é preciso sim aumentar as vagas nas instituições, mas depois de rever a estrutura dos cursos.

Foto: Alan Sampaio / iG Brasília Ampliar

Gustavo Tarja Borges, aluno de medicina da UnB, defende mais vagas para medicina, porém só depois de criar infraestrutura nas universidades

“Acho que são oferecidas poucas vagas mesmo, mas é preciso pensar na infraestrutura antes”, conta o aluno da Universidade de Brasília (UnB). Gustavo Tarja Borges, 25 anos, diz que há alunos “subindo em um banco” para assistir a uma aula de anatomia. “Sou completamente favorável à ampliação de vagas. Só não se pode aumentar vaga sem estrutura ou professor. Não podemos deixar a qualidade dos cursos, que é boa, cair”, opina.

A UnB oferece nos processos seletivos tradicionais 36 vagas por semestre no curso de medicina. Além disso, recebe cerca de 11 ou 12 alunos a mais por semestre vindos de transferências obrigatórias – filhos de servidores públicos ou diplomatas estrangeiros, por exemplo, que vêm trabalhar em Brasília. A evasão, segundo o diretor da faculdade, Paulo César de Jesus, é zero.

“A relação professor-aluno aqui no curso é de 18 alunos para cada professor. O ideal em um curso de medicina é seis. Precisaríamos de um quadro docente muito maior para ampliarmos.”, diz Jesus. Jadete Barbosa Lampert, presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), considera o corpo docente o ponto crítico do projeto. Ela diz que a capacitação dos médicos para o ensino é falha – há mais dedicação à pesquisa – e não há profissionais interessados suficientes para atender essa demanda.

Residência médica

Para o diretor da Faculdade de Medicina da UnB, o tema da necessidade de expansão de graduação é polêmico “numericamente”. Ele destaca, porém, que as vagas em residências médicas não têm acompanhado a criação de novos cursos de medicina. Esse seria o outro ponto do projeto dos ministérios: incentivar a criação de residências no interior.

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Hospitais de excelência, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein, serão convocados a discutir a possibilidade de criar cursos que atendessem às duas necessidades. “Para aumentar o número de vagas, precisaríamos de mais preceptores, que não temos”, reforça Cardoso, da AMB.

Beatriz Costa, presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR), critica a “precarização” da carreira médica e da situação dos hospitais universitários. Para ela, a proposta é incoerente diante do corte de orçamento da saúde feito para 2012.

>> http://delas.ig.com.br/comportamento/a-mulher-segundo-clarice-lispector/n1597697340447.html


“Eu era uma mulher casada. Agora sou uma mulher.”

Essa única frase resume a essência do conto “A Fuga”, de Clarice Lispector, no qual uma mulher sai de casa e, ao passar algumas horas sozinha numa praça, decide se separar do marido. Essa capacidade de fazer em poucas palavras sínteses de situações humanas complexas se tornou um prato cheio para internautas.

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Os sites de mensagens inspiradoras e as redes sociais espalham e compartilham dezenas de frases atribuídas à escritora, geralmente acompanhadas de fotos e músicas românticas. Nem sempre, no entanto, as frases foram de fato retiradas dos livros, das entrevistas ou das colunas femininas que Clarice escrevia para jornais, nos quais assinava com pseudônimos, como Tereza Quadros e Helen Palmer.

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sociais ter sido de fato assinado por ela, Clarice Lispector é um sucesso nas redes. Sua fanpage no Facebook, por exemplo, tem mais de 160 mil seguidores! (Só para dar uma ideia, a do cantor Roberto Carlos tem cerca de 16 mil).

“As pessoas gostam de máximas e Clarice tinha mesmo essas frases sentenciosas. ‘A descoberta do mundo’ é cheio delas”, diz Yudith Rosembaum, professora de literatura brasileira na Universidade de São Paulo e autora, entre outros, do perfil “Metamorfoses do Mal – uma leitura de Clarice Lispector” (Edusp).

“Os textos dela tocam em aspectos importantes da condição humana, mergulham naquilo que temos de melhor e de pior no campo das relações pessoais, afetivas, sentimentais e dos valores éticos”, ressalta Nádia Battella Gotlib, professora da USP e autora de "Clarice Fotobiografia" (Imprensa Oficial).

“Ela sabe como chacoalhar com o ‘de-dentro’ da gente, abrindo novas perspectivas de sensações e de visões daquilo que nos rodeia. Clarice promove uma nova descoberta do mundo”, acredita Nádia.

De quebra, a autora ucraniana é ela própria uma imagem que remete ao mistério do feminino. “Se essa imagem de mulher bonita, charmosa, atraente, funciona como um pólo de atração para o que ela escreveu, então não há como rejeitar esses atributos físicos”, afirma Nádia Gotlib. “São uma isca para os seus textos. Mas a beleza da sua arte está acima desses traços de mulher bonita”, ressalva.

Clarice dominava o universo feminino e partia dele para falar da sua experiência de mundo. “Ela priorizou protagonistas mulheres, mas na obra da Clarice, essas mulheres ganham uma dimensão universal que toca nas entranhas do humano”, afirma Yudith.

Muitas das personagens de Clarice estão ligadas a vida doméstica, a ambientes internos e familiares. “É uma escritora do feminino", afirma Yudith. “Mas esse feminino pode ser vivido por um homem. A importância da obra da Clarice não está só ligada ao fato dela ter falado de e para mulheres. No século 21, seus contos e romances continuam dissecando o desamparo do ser humano”, diz a professora. “É um olhar histórico da mulher aprisionada em casa, mas que tem caráter universal, mesmo fora dessas condições sócio-econômicas.”

“Confesso que até alguns anos atrás pensava que Clarice era lida mais por mulheres. Hoje acho que não. Afinal, o mergulho nas profundezas da alma humana pode feito por qualquer um”, afirma Nádia.

E vale ler Clarice a conta-gotas, em frases soltas, para entender o que é a vida? “Muitos são iniciados em Clarice lendo pequenos trechos pela internet. E destes textos passam, depois, para outros textos publicados em livros”, diz Nádia. “Continua sendo o melhor modo de ler a autora.”

Mas fica o alerta: “Muitos dos textos que circulam na internet não são de Clarice.”

Inspire-se nas frase autênticas de Clarice Lispector sobre a vida, sobre ser mulher e sobre o amor

“Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante” – do conto "Felicidade Clandestina"

“O destino de uma mulher é ser mulher”, em “A hora da Estrela”

“Eu antes era uma mulher que sabia distinguir as ciosas quando as via. Mas agora cometi o erro grave de pensar”, em Um Sopro de Vida

“Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher, com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado” , do conto “Amor”

“Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”, em Perto do Coração Selvagem

“A vida é curta demais para eu ler todo o grosso dicionário a fim de por acaso descobrir a palavra salvadora”

“A vida é igual em toda a parte e o que é necessário é a gente ser a gente”

“Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca” – em "A Descoberta do Mundo"

“Com todo perdão da palavra, eu sou um mistério para mim”, frase de Clarice em “Esboço para um futuro retrato”, de Olga Borelli

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“Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão” - "Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres"

“E ‘eu te amo’ era uma farpa, que não se podia tirar com uma pinça” – "A Paixão segundo G.H".

“O maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma” - "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres"

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Verá!

Solarise

Que O Dia Que Tu Espera Ta Lá Fora!
O Sol Está Brilhando Já Faz Horas!
E Os Sonhos Aqui Dentro Não Tem Tempo Pra Esperar
Verá!
Tem Coisa Nessa Vida Que Demora
Pense Positivo E Não Desiste Agora
O Bom Desta Vida É Sonhar!
Lembra Quando Me Falou,
Para Não Ficar Assim?!
Cada Coisa A Seu Momento,
E O Seu Ainda Está Por Vir!
Olha O Pior Já Passou
Não,Não Deixe De Sorrir
Nunca Desista De Você,
Mesmo Se Alguém Desistir!
Verá!
Que O Dia Que Tu Espera Ta Lá Fora!
O Sol Está Brilhando Já Faz Horas!
E Os Sonhos Aqui Dentro Não Tem Tempo Pra Esperar
Verá!
Tem Coisa Nessa Vida Que Demora
Pense Positivo E Não Desiste Agora
O Bom Desta Vida É Sonhar!

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